Publicado em 26 mar 2019

De passagem

Redação

Dia ou outro, cada um vai se perguntando como será sua morte, o que acontecerá após sua morte, o que faremos, todos reunidos, após nossa morte.

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Etienne Samain

A certeza é universal: sairemos, um dia, do tempo e da convivência humana. No relógio do tempo, as agulhas, para cada um, pararão por um instante. Não levaremos nem nosso corpo, nem nosso espírito, nem esse último sopro que nos animava, nossa “alma”. Tudo estará consumado.

Dia ou outro, cada um vai se perguntando como será sua morte, o que acontecerá após sua morte, o que faremos, todos reunidos, após nossa morte. Não sou diferente. São questões e respostas às quais gostaríamos de responder, mas permanecemos juntos aos nossos balbucios.

Era pequeno ainda quando vi o cadáver do velho Aristides, nosso vizinho. Era jardineiro e tomava conta de nós. Tinha até construído um abrigo na terra para poder nos refugiar durante os bombardeios da Segunda Guerra mundial. Ao vê-lo morto, não tive medo.



Mais tarde, imaginava um lugar onde poderia, um dia, me encontrar com ele. Era como uma grande sala de espetáculo...

Artigo atualizado em 06/03/2020 12:28.

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