Publicado em 23 abr 2019

Sociedade digitalizada: plataformização das relações e uma privacidade zerada

Redação

Toda a transformação das redes digitais levou (e ainda deve levar por muito tempo) as empresas em geral e as jornalísticas em particular a buscarem formatos adequados às mudanças comportamentais da audiência.

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Elizabeth Saad

Temos assistido a sucessivas vulnerabilidades de segurança nos dados que circulam nas plataformas sociais. A mais recente em março de 2019, no sistema de mensagens do facebook, quando hackers puderam capturar a lista de contatos de cada um dos usuários. Também temos vivenciado a multiplicidade de discursos e tendenciamentos opinativos que proliferam nestas plataformas, para não nos esquecermos das eleições de 2018 no Brasil. São fatos que merecem uma reflexão mais ampla sob um ponto de vista conceitual dos processos de comunicação e sociabilidade.

O predomínio de plataformas sociais em nosso cotidiano e a instantânea vinculação de seus usuários a um processo de exposição por meio de dados nos colocam diante de uma diversidade de questionamentos. A questão mãe de todas as outras é se o cidadão comum – feliz conectado à rede em seu celular (pago a duras penas para sentir-se integrado) e encantado com a descoberta de seu lugar de fala – tem consciência do quanto sua presença e interação na rede digital é um canal aberto para a quebra de sua privacidade.

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Artigo atualizado em 06/03/2020 12:28.

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Facilitando o acesso à informação tecnológica