Publicado em 24 jul 2018

Acidente de trânsito no Brasil: uma calamidade pública

Redação

Um dos principais fatores que ocasionam a impunidade é a dificuldade de classificar o homicídio como doloso, com intenção de matar, ou culposo, sem intenção de matar. 

 

Ao escrever uma análise do estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) que analisou o impacto das condições da infraestrutura rodoviária na ocorrência e na gravidade dos acidentes fiquei estarrecido com a situação. Os acidentes de trânsito são uma das principais causas de óbitos no Brasil. Somente nas rodovias federais policiadas, no período entre 2007 e 2017, o país registrou 1.652.403 acidentes e 83.481 mortes.

O pior é que isso é um fato mundial. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem, no mundo, por ano em acidentes de trânsito, e desse total metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas. Contudo, o problema no Brasil é grave.

O trânsito brasileiro é o quarto mais violento do continente americano, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dentro do país, São Paulo é o estado com maior número de óbitos no trânsito e dirigir alcoolizado é a segunda maior causa.

Pensando em diminuir o número de acidentes, foi publicada no ano passado a Lei Ordinária 13.546, do Código de Trânsito Brasileiro, que aumenta a punição para o motorista que causar morte dirigindo alcoolizado. Ou seja, a pena, que antes era de 2 a 4 anos de detenção, passa para 5 a 8 anos de reclusão.

 

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Artigo atualizado em 01/10/2024 03:46.

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