Publicado em 25 jan 2022

A economia circular dos sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto

Redação

Os sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto (non-sewered sanitation systems – NSSS) oferecem os elementos para uma economia circular que vê os resíduos humanos como um recurso, que permite que todo um ecossistema de beneficiamento seja derivado do processamento, subprodutos e modelos de atendimento que sustentam negócios autossustentáveis. Ele poderá ter um efeito catalítico de estimular e desenvolver uma série e variedade de modelos de logística e supply chain que trazem maior comodidade ao usuário/cliente. Essa abordagem de recursos abre essas novas oportunidades para uma economia de saneamento básico. Esses sistemas de saneamento atendem a 2,8 bilhões de pessoas globalmente, mas a prática atual de esvaziamento reativo e de emergência dos usuários/proprietários desses sistemas é insegura e carregada de riscos de exposição a organismos patogênicos. Se uma empresa de serviços públicos pode acessar esses tipos de tecnologias, há uma oportunidade de diminuir o estresse sobre os recursos naturais. Além disso, a reciclagem de nutrientes, considerando que a lavoura de médio a grande porte pode ser um empreendimento caro, principalmente na necessidade de fertilizantes sintéticos, proporciona economia de custos. Isso oferece uma oportunidade para reutilizar o que pode ser as formas mais nutritivas de fertilizante, que é basicamente o uso benéfico de dejetos humanos para a produção. Importante compreender o mecanismo de descarga que fornece energia/movimento para conduzir o produto de entrada do módulo de interface frontal até o módulo de tratamento do sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto, como mecanismos de descarga convencional, descarga manual, sanitários secos e novos mecanismos. O módulo de interface frontal é qualquer interface com o usuário, como mictório, latrina turca ou vaso sanitário, de um sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto, utilizado para defecação e micção humanas, incluindo o mecanismo de descarga e todos os componentes do sistema que sejam claramente visíveis ao usuário. Pode-se entender os requisitos gerais de segurança e desempenho para projeto e ensaio, bem como as considerações de sustentabilidade, para sistemas de saneamento não ligados à rede de esgoto (NSSS).

Nos NSSS, os produtos de entrada são as substâncias que entram no sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto que consistem principalmente em fezes e urina humanas, sangue menstrual, bílis, água de descarga, água de limpeza anal, papel higiênico e outros fluidos/sólidos corporais e, em alguns sistemas, a entrada adicional, conforme definido pelo fabricante. Exemplos de produtos de entradas adicionais podem incluir água para lavagem das mãos, produtos de higiene menstrual e resíduo orgânico doméstico.

Os produtos de saída são as substâncias que saem do sistema de saneamento não ligado à rede de esgoto, que incluem os produtos do processo de tratamento do módulo de tratamento, como o produto de saída sólido e efluente líquido, bem como as emissões de ruído, ar e odor. Os produtos de saída podem ser um produto reutilizável, um produto de saída direta para o meio ambiente ou um resíduo descartável. Por isso, a avaliação de riscos nesses projetos é importante. Quando for realizada uma avaliação de risco, aplicam-se as prescrições descritas a seguir, adaptadas da NBR ISO 12100 e baseadas nas melhores práticas indu...

Artigo atualizado em 25/01/2022 06:12.

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