O Brasil e as commodities
Redação
Parece ficar claro que nenhum país vendedor de commodities terá sucesso e trará melhoria de padrão de vida para seus cidadãos.
Ozires Silva -
Articulistas de várias partes do mundo têm colocado que o Brasil deveria se especializar na venda de commodities ou de produtos primariamente processados e, mesmo sem explicitar com clareza, propõem que deveríamos deixar nosso país longe dos produtos de alto valor agregado, que tem sido o propósito das nações tradicionalmente desenvolvidas e dos novos emergentes, como a Coréia do Sul e a China. Em outras palavras, exportarmos a alguns centavos de dólar por quilograma e importamos a vários milhares de dólares.
É nítido o sucesso mundial dos produtos complexos, intensivos em equipamentos e componentes, como computadores, veículos, dispositivos vários de automação industrial… Eles não somente aumentam o valor das transações comerciais, como respondem diretamente ao caráter global do atual comércio internacional.
Não se aplicam mais os ditames das antigas políticas de conteúdo nacional (de componentes ou de mão-de-obra) e surgem as grandes parcerias ou cadeias produtivas internacionais, culminando em produtos que poderíamos chamar de “mundiais”. Ou seja, contendo componentes fabricados...