Publicado em 16 jul 2019

A duração e a medida do tempo

Redação

Conta-se o tempo em segundos, horas, dias, meses e anos, conforme a escala temporal antropométrica. Nessa contagem, calculam-se as ações, sem por vezes considerar a inventividade do devir nos interstícios entre os instantes, que esculpe formas inspiradas no possível e, por vezes, no improvável, e muda o rumo do barco que acreditamos controlar.

 

Márcio Barreto -

A agenda está repleta. Os espaços que porventura escapam do planejamento das atividades profissionais, de lazer, sociais e familiares, cujas fronteiras são cada vez mais irreconhecíveis, precisam ser preenchidos para que a ansiedade não dispare diante do vazio. As mensagens eletrônicas, as redes sociais e os afazeres diários compõem o amálgama da colonização do tempo de vida que nos foi concedido, cuja finalidade nos escapa.

 



Talvez pela inquietude da mente diante de tal incompreensão, o vazio atormenta a cultura ocidental desde a antiguidade. Vale lembrar que o zero veio da Índia, onde o esvaziamento do ego leva ao Nirvana, à libertação pela espiritualidade budista.

Contamos o tempo em segundos, horas, dias, meses e anos, conforme a escala temporal antropométrica. Nessa contagem, calculamos ações, sem por vezes considerar a inventividade do devir nos interstícios entre os instantes, que esculpe formas inspiradas no possível e, por vezes, no improvável, e muda o rumo do barco que acreditamos controlar.

Sabemos que a vida de cada um de nós terá um fim e teve um começo. É nat...

Artigo atualizado em 03/10/2024 04:54.

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