O zap e o Nobel
Redação
O telefone esperto de hoje todos conhecemos, mas no início não passava de um telefone mesmo, invenção dos anos 1970.
Peter Schulz -
Hoje o celular esperto (smartphone) é onipresente, lembrando, quando desligado, a miniatura de outro objeto enigmático, simbólico e que, senão onipresente, aparentava onisciência: o monólito das cenas chave de 2001 - uma odisseia no espaço, obra-prima do cinema, dirigida por Stanley Kubrick. Se restar alguma dúvida na semelhança, a imagem que acompanha a coluna não é de um iphone.
Ao toque do usuário, o mini monólito desperta e percebemos que o simples telefonar hoje compete com o autorretrato digital (conhecido por selfie) enviado por whatsapp ao grupo de amigos. Ao praticar essa ação com toda a naturalidade do mundo, não fazemos ideia da cadeia de esforços científicos que possibilitou o nosso cotidiano de comunicação. Uma contabilidade simples encontra uma sequência de seis prêmios Nobel de física e química, alguns marcos da pesquisa intensa durante um século, que tinham outros objetivos e perguntas, mas que, enfim, também se articularam e resultaram no teu companheiro esperto (smart).