A ineficiência do gasto público
Redação
Como bem destacou a agência de rating S&P na última elevação da nota soberana do Brasil, reconhecendo alguns avanços como a reforma tributária: o componente ausente tem sido a falta de progresso para lidar com os gastos grandes, rígidos e ineficientes do governo.
Carlos Rodolfo Schneider-
A dificuldade de se fazerem reformas no país, ressalvados alguns importantes avanços nos últimos anos, vem de dois fatores principais: dificuldade da sociedade brasileira de fazer escolhas e a defesa do status quo, de interesses, de privilégios, por grupos, segmentos, regiões. Todos são a favor das reformas desde que não mexam com os seus direitos, às vezes até transformados em direitos adquiridos garantidos constitucionalmente.
Isso tem retardado as mudanças, e levado a nos conformarmos com o politicamente possível, abrindo mão do necessário. Logicamente num regime democrático as mudanças devem ser negociadas, mas temos nos conformados com avanços modestos, que emperram o crescimento do país.
Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado, pelas necessárias amarras e controles que precisa haver no setor público, e pelas variáveis políticas frequentemente presentes na alocação dos recursos. Então, quanto maiores as transferências da sociedade para o Estado, via impostos, maior a ineficiência na alocação de recursos do país.
Lembrando que o Brasil tem ...