Publicado em 23 jul 2019

Julho, tempo de revolução

Redação

Vivemos nestes dias algumas expressões do que tem sido a história dos elos ocultos da continuidade nas descontinuidades da política brasileira. Com outros nomes e outras caras, as mesmas personagens, de trajes rotos pelo tempo.

 

José de Souza Martins -

Três decisivas revoluções ocorreram no mês de julho, em São Paulo. Uma, a Revolução Liberal de 1842. Dois combates a marcaram, com sete mortos, no que é hoje a entrada da Cidade Universitária da USP, ao pé do morro do Butantã. Foi um confronto entre as tropas do Barão de Caxias, depois duque e patrono do Exército, e os cavalarianos civis vindos de Sorocaba e de Itu, comandados pelo futuro brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, mais tarde patrono da Polícia Militar de São Paulo, e pelo Padre Diogo Antônio Feijó, ex-regente do Império. Antes dos combates, ainda em Sorocaba, Tobias se casou com a Marquesa de Santos, gentil senhora da crônica da Independência do Brasil.

 



A Revolução era para depor o presidente da província, Marquês de Monte Alegre, baiano do Partido Conservador. Partido que estabelecera um cerco político em torno do jovem imperador adolescente, Dom Pedro II. Caxias representava a unidade nacional, a ordem e o conservadorismo nela implícito. Nesse cerco, teimava invisível a nostalgia do vínculo com Portugal. 

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Artigo atualizado em 04/10/2024 10:43.

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