Na gestão dos resíduos, a tecnologia passou a ser uma questão de saúde pública
Redação
Para tornar a gestão dos resíduos mais eficiente, as companhias privadas e órgãos públicos têm utilizado cada vez mais as tecnologias como IoT, robôs com inteligência artificial e plataformas de gestão de dados, para o enfrentamento deste que é considerado um dos principais desafios do século. Entre as vantagens provenientes desta nova visão estão o aumento do percentual reciclável sobre o volume descartado, além de mais transparência aos processos de cobrança com sistemas pay-as-you-throw.
Rogério Fujimoto –
Ao final de 2021, o mundo gerou cerca de 2 bilhões de toneladas de lixo conforme levantamento do programa ONU Habitat, das Nações Unidas. O mesmo documento sugere que este volume dobre até o final de 2050, em razão do aumento da produção industrial e agrícola a fim de atender a demanda crescente de consumo.
O grande vilão continua sendo o plástico. Só no Brasil, foram 11,5 milhões de toneladas descartadas em 2019. O país é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás somente da China, EUA e Índia, segundo pesquisa Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
O impacto negativo do plástico sobre a economia mundial, especialmente em setores como o turismo, pesca e comércio marítimo, supera os US$ 8 bilhões, conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Ao lado do plástico, o lixo eletrônico preocupa os ambientalistas. Dados do relatório Global eWaste Monitor 2020 revelam que foram gerados 53,6 milhões de toneladas desse tipo de rejeito -- computadores, impressoras, celulares, smartphones, TVs, re...