A análise dos gases em transformadores em serviço pode detectar as falhas
Redação
A tecnologia, principalmente o surgimento da automação industrial, vem trazendo melhorias no gerenciamento de manutenção de equipamentos essenciais para a geração, a transmissão e a distribuição de energia elétrica. Apesar do grande desenvolvimento tecnológico, alguns procedimentos são praticados há décadas com pequenas modificações, como é o caso da análise de gases dissolvidos (AGD) e, mesmo assim, são considerados importantes para a confiabilidade e mantenabilidade do sistema elétrico. A análise de gases dissolvidos é um método comumente usado na monitoração periódica de transformadores, cujo resultado contribui para detectar falhas que estão no início (falhas incipientes) e acompanhar o envelhecimento da isolação de forma não invasiva. Dessa forma, a concentração de gases livres ou dissolvidos pode ser interpretada para diagnosticar as condições de equipamentos elétricos em serviço e sugerir ações futuras. Os valores típicos de concentração de gás são aqueles encontrado, normalmente, em equipamentos em serviço, sem sintomas de falhas que são eventos resultantes de um defeito com danos ou incidente externo, exigindo retirada, reparo ou troca do equipamento como, por exemplo, a ocorrência de um arco interno, ruptura do tanque, fogo ou explosão. Já a falha térmica é a elevação excessiva da temperatura na isolação, que pode ser causada por refrigeração deficiente, corrente excessiva de circulação nas adjacências de partes metálicas, como resultado de mau contato, correntes parasitas ou de circulação, correntes excessivas circulando através da isolação como resultado de altas perdas dielétricas, levando à falha térmica, sobreaquecimento de enrolamento interno ou no lead de conexão da bucha.
Da Redação –
Em resumo, a fase da análise pode ser dividida em três etapas: amostragem do óleo, extração dos gases e análise cromatográfica. Embora a AGD seja um método consagrado e fundamental para manutenção em equipamentos a óleo, alguns estudos mostram que existem vários fatores que influenciam na confiabilidade e precisão de seus dados, comprometendo a interpretação e o diagnóstico de falhas.
Alguns destes fatores são: a distância e o transporte do local da amostra até o laboratório; as condições ambientais no momento da amostragem; a fuga do gás e a contaminação no instante da extração dos gases; e a aferição e configuração do cromatógrafo no laboratório. Apesar de existir valores de concentração e métodos padronizados para diagnosticar os tipos de falhas, ainda é necessário considerar outros parâmetros como: o tipo de equipamento, fabricante, tensão, idade, tamanho, condições operacionais, tipo de óleo. Por conta destas variáveis, o diagnóstico pode ser empírico, dependo da experiência e sensibilidade do profissional laboratorial.
Por meio de estudos, foi possível desenvolver equipamentos como cromatógrafos...