A padronização normativa para o exame de fezes em laboratórios clínicos
Redação
As parasitoses intestinais e as doenças associadas constituem um problema de saúde pública de abrangência nacional. Essas infecções são causadas por diversos agentes externos por meio da ingestão de alimentos crus ou mal lavados, ou ainda por meio do contato direto com solo e água contaminados favorecendo a disseminação dos parasitos. Além disso, a falta e, em outros casos, as condições precárias de educação e saneamento básico que alcançam as populações de baixa renda contribuem para o agravamento da morbidade e mortalidade. As doenças parasitárias continuam sendo responsáveis por causar morbidade e mortalidade em todo o mundo, e frequentemente se apresentam por meio de sinais e sintomas não específicos. Foram estabelecidos os parâmetros normativos para a realização de exames parasitológicos de fezes e a padronização dos procedimentos pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos utilizados pelos laboratórios para detectar estágios de diagnóstico de parasitos intestinais.
Um exame parasitológico de fezes deve fazer o diagnóstico da maioria dos parasitos intestinais e os estágios usuais utilizados no diagnóstico são os ovos e as larvas de helmintos e os trofozoítos, cistos e oocistos de protozoários. A identificação desses parasitos é feita por critérios morfológicos, que podem ser afetados por vários fatores como colheita mal feita e má preservação da amostra. Um material fecal inadequadamente colhido, velho ou mal preservado, será de pequeno valor para o diagnóstico.
É necessária uma boa experiência do microscopista porque freqüentemente fragmentos de alimentos, células vegetais, grãos de pólen, leucócitos, células de tecido animal e outros artefatos presentes nas fezes, podem assemelhar-se a certos estágios dos parasitos intestinais. Vários fatores devem ser considerados para uma coleta adequada do material fecal: tipo de recipiente, volume, idade da amostra, drogas e compostos químicos que podem interferir no resultado do exame.
O recipiente: deve ser limpo e seco, com boca larga, com vedação hermética para impedir o derrame, permitindo a preservação da umidade. Deve ter capacidade de aproximadamente 150 ml...
Artigo atualizado em 17/06/2025 12:08.
