Publicado em 17 ago 2021

O ensaio para determinar as características de combustão dos polímeros

Redação

Houve um aumento dos polímeros em produtos utilizados pela indústria da construção e de mobiliário em geral, o que acarretou que a fumaça produzida em incêndios atualmente apresenta riscos diferentes dos que ocorriam no passado. A queima de produtos que têm polímeros em sua composição tem o potencial de produzir rapidamente fumaça densa (aerossóis de partículas de fuligem), calor intenso (vapor d’água), líquidos inflamáveis e gases tóxicos. O monóxido de carbono é o gás tóxico mais reconhecido na combustão de polímeros, mas o gás cianídrico ou cianeto de hidrogênio, também produto desse processo, tem sido o mais crítico nas intoxicações agudas. O crescente uso de materiais poliméricos, aliado às diversas tragédias que se sucedem a cada ano envolvendo incêndios em ambientes domésticos ou coletivos, têm colocado na ordem do dia a necessidade urgente de se estabelecer códigos, leis e normas que permitam cobrir as carências de orientação, fiscalização e controle quanto ao uso de polímeros tanto em materiais de construção, quanto em móveis, equipamentos e acessórios que preenchem as diferentes edificações. Assim, a avaliação da inflamabilidade dos materiais poliméricos pode em princípio ser feita através de ensaios em larga escala, onde se procura verificar o desempenho dos materiais em situação real de incêndio. Contudo, por serem muito dispendiosos, além de demandarem um tempo grande para a sua execução, tais ensaios se prestam especificamente para homologação de produtos acabados. Para fins de seleção de materiais com vistas à criação de novos produtos resistentes à chama foram desenvolvidos testes em escala de laboratório, os quais apesar de não fornecerem informações fidedignas a respeito do comportamento dos materiais em condições reais de incêndio, se prestam muito bem para finalidade de comparação do desempenho de diferentes materiais ou de diferentes formulações do mesmo polímero principal. Deve-se conhecer o método para determinar as características de combustão de materiais poliméricos. O índice de toxidez é a soma numérica dos fatores de toxidez de determinados gases produzidos na combustão completa do material, em ar, sob condições definidas. Os fatores de toxidez são obtidos de quantidade de cada gás que seria produzida quando 100 g do material são queimados em ar em volume de 1 m³ e a concentração de gás resultante é expressa como um fator da concentração que é fatal ao homem em um período de exposição de 30 min.

Da Redação – 

Nas edificações, em geral, encontram-se polímeros tais como poliuretano, cloreto de polivinila (PVC), poliestireno, polipropileno, polietileno, resina ureia-formaldeído, entre outros. Exemplos de produtos que contêm polímeros em sua constituição são: espumas flexíveis (isolamento acústico, enchimento de sofás/colchões), espumas rígidas (isolamento térmico, inclusive de geladeiras), tubulações de água, persianas, recipientes de isopor, vernizes de piso, carpetes, capas de fiação elétrica, etc.

Na análise da informação sobre a termodegradação de cada polímero deve-se considerar a existência de inúmeras variáveis. Os produtos da decomposição térmica dependem de como os polímeros foram fabricados, se contêm pigmentos ou outros aditivos, como, por exemplo, agentes plastificantes, de reforço, estabilizantes, antioxidantes, fungicidas ou ainda se contêm retardantes de chama, tais como compostos clorados e fosforados.

A termodegradação de produtos tratados com retardantes de chama clorados, por exemplo, pode formar ácido clorídrico. Esse ácido também é um importante agente tóxico originado da combustão de PVC...

Artigo atualizado em 17/08/2021 06:03.

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