Um novo olhar para a geração de resíduos
Redação
No Brasil, a ausência de políticas públicas voltadas à coleta seletiva faz com que parte desse material, inclusive aqueles que têm valor econômico, acabe sendo depositada em lixões, aterros sanitários e até mesmo na natureza. Para se ter uma ideia, cerca de 80% dos municípios brasileiros não dispõem de nenhum tipo de coleta seletiva e isso faz com que as pessoas tenham uma relação muito distante com os resíduos gerados por elas.
Renata Ross –
Antes a geração de resíduos era distribuída entre a casa, o trabalho e momentos de lazer, o que dificultava a percepção do montante de lixo gerado ao final do dia. O cenário mudou diante do isolamento social imposto pela pandemia, que pode ter elevado a geração de resíduos domésticos de 15% a 25%, de acordo com a estimativa divulgada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
O atual cenário vem acompanhado de uma inquietação maior por parte dos consumidores, que passaram a ter uma relação mais direta com o montante de lixo gerado diariamente. Essa compreensão fez com que muitos começassem a aplicar os 5R’s em seus hábitos cotidianos (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar), além aumentar pressão sobre a indústria e, até mesmo, os condomínios onde residem por soluções que garantam uma destinação adequada desses materiais, sobretudo embalagens.
No Brasil, a ausência de políticas públicas voltadas à coleta seletiva faz com que parte desse material, inclusive aqueles que têm valor econômico, acabe sendo depositada em lixões, aterros sanitários e ...