Os processos de tratamento de óleos e graxas no setor de mineração
Redação
Durante a operação das máquinas usadas no setor de mineração, não se pode errar. Além do uso de mão de obra especializada, a manutenção – seja ela preditiva, preventiva ou corretiva – também desempenha um importante papel na conservação dos padrões de segurança e, consequentemente, na prevenção de acidentes. Entre os cuidados de manutenção mais importantes, está a lubrificação que, quando aplicada corretamente irá minimizar o desgaste e aumentar a vida útil do maquinário, o que contribui significativamente para a redução dos custos da operação. Assim, as empresas que trabalham com o processamento de minerais utilizam uma quantidade gigantesca de equipamentos mecânicos, estes em sua maioria operam em condições severas de contaminação, temperatura e carga, submetendo as peças à um alto nível de atrito e consequente desgaste. Por isso, para minimizar o desgaste prematuro das peças, e comprometer a sua eficiência e rentabilidade, o uso de lubrificantes adequados às severas condições de operação é mandatório. Não à toa, a indústria mineradora é uma das maiores consumidoras de lubrificantes do mercado. Esses produtos, portanto, são elementos cruciais para a redução de custos relacionados ao conserto ou substituição de peças. Igualmente deve haver uma preocupação com o sistema de tratamento que é o conjunto de estruturas, dispositivos, instalações, equipamentos e aparelhos diversos, de maior ou menor complexidade, para tratamento de águas contendo óleos e graxas. Por isso, existem parâmetros normativos para a caracterização dos processos de remoção de óleos e graxas, de origem mineral, visando fornecer subsídios à elaboração de projetos de tratamento de efluentes de mineração, atendendo aos padrões legais vigentes (máximo de 20 mg/L), às condições de saúde ocupacional e segurança, operacionalidade, economicidade, abandono e minimização dos impactos ao meio ambiente.
Da Redação –
O óleo e a graxa lubrificantes, após sua utilidade a que se destina, se transformam em um resíduo de óleo ou graxa lubrificante contaminado. Tal resíduo é classificado como resíduo perigoso de acordo com a NBR 10004, especificamente sob o código F-130. Um resíduo perigoso apresenta as características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. O óleo ou a graxa lubrificante usado contaminado é inflamável, corrosivo, reativo e tóxico, ou seja, o resíduo descartado de forma inadequada traz sérios problemas de saúde pública, bem como danos ambientais irreversíveis.
Estas são algumas ações que podem ajudar as empresas a diminuírem o impacto ambiental causado pela mineração: o descarte correto de resíduos; a criação de protocolos de emergência; a adequação dos projetos à legislação ambiental; o aumento da rigidez nos parâmetros de segurança; e a redução de passivos ambientais criados pelo descarte prematuro de equipamentos. Também, deve-se entender a vida útil do maquinário e promover a sustentabilidade no setor da mineração. O descarte prematuro de maquinário é uma das ações a s...