Publicado em 28 mai 2024

A digitalização e a monitorização no tratamento de esgoto influenciam a saúde

Redação

A construção e manutenção de uma rede nacional de saneamento básico exige uma visão em longo prazo que nem sempre encontra guarida em planos de governos quadrienais. Uma população que conhece os direitos garantidos pela Constituição pode influenciar essas decisões. Essa consciência política produz resultados: um estado como São Paulo investe todo ano R$ 150,00 por habitante em saneamento básico. No Acre, a média de investimento anual por cidadão é de R$ 3.

Luis Arís – 

Seguem sendo dramáticos os índices de acesso da população brasileira aos sistemas de esgoto. Segundo dados do Censo 2022 divulgados em fevereiro deste ano, a proporção de domicílios com acesso à rede de coleta de esgoto no Brasil chegou a 62,5% em 2022. Isso representou um aumento de 44,4% em relação ao Censo 2000. Outros 13,2% utilizam fossas sépticas.

O estado de São Paulo apresentou 94,5% da população com esgoto adequado. No outro extremo estava Rondônia – apenas 39,4% dos moradores contam com um serviço de esgoto considerado adequado.

O Censo 2022 mostra que, em todo o Brasil, 49 milhões de pessoas (24,3%) ainda usam recursos insuficientes de esgotamento sanitário. Essa população vive em 16,4 milhões de domicílios com soluções de esgotamento sanitário precárias.

Segundo estudo do Instituto Trata Brasil de 2022, somente 27 municípios entre as 100 maiores cidades do país tratam 80% de seu esgoto. O resultado é que, diariamente, o equivalente a 5.300 piscinas olímpicas de esgoto é despejado nos rios e praias brasileiros.

Além do desequilíbrio ecológico, essa situação prejudica a saúde da p...

Artigo atualizado em 28/05/2024 11:15.

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