A educação e a pandemia
Redação
Na base da formação da sociedade, especialistas temem a ocorrência em futuro breve de descontinuidade educacional severa, por eles denominado gap (lacuna) educacional. O fato é que no Brasil têm sido constatadas expressivas perdas de eficácia (resultados) e de eficiência (gastos ruins) do processo educacional, e agora, com a pandemia, passou a ser realizado por métodos à distância (online), perdendo o indispensável convívio entre alunos, professores e colegas.
Mauriti Maranhão –
Mesmo com notícias da vacinação iminente, a pandemia tem provocado medos, incertezas crescentes, danos à economia e à sanidade das pessoas. Tudo conspira contra, mas, a genialidade humana permite afirmar: ainda há esperança. Este texto, baseado na entrevista de Leandro Karnal (historiador) a Ricardo Krause (psicanalista), faz algumas considerações sobre a atualidade educacional no Brasil e propõe um caminho para sair da eventual crise decorrente do gap educacional.
Especificamente no Brasil, desde o início do Século XXI, já eram evidentes algumas importantes dificuldades sociais (desigualdades alarmantes) e educacionais (que implicam baixa competitividade). O país, por razões estruturais da sociedade, acabou por cair na armadilha da renda média e, cada vez mais, têm de enfrentar alguns custos essenciais dolarizados, condição corrente no mundo globalizado.
A dolarização de produtos essenciais (cereais, energia, petróleo, saúde, etc.) limita fortemente o combate à desigualdade e dificulta o provimento de serviços básicos às classes menos favorecidas. Com a pandemia, se os embaraços já eram grandes...