A inspeção de eletroluminescência em módulos fotovoltaicos de silício cristalino
Redação
A eletroluminescência baseia-se no mesmo princípio de um diodo emissor de luz (LED). Uma corrente elétrica é aplicada a uma célula solar (essencialmente um diodo de grandes dimensões) e a recombinação radiativa dos portadores de carga causa a emissão de luz. Como um semicondutor de banda proibida indireta, a maior parte da recombinação no silício ocorre por meio de defeitos ou recombinação Auger. A quantidade de recombinação banda a banda que produz emissão radiativa é relativamente baixa. No entanto, existe uma pequena quantidade de recombinação radiativa que ocorre mesmo no silício, e esse sinal pode ser detectado usando um detector externo. A técnica requer contato elétrico e, portanto, só pode ser usada após a metalização ter sido aplicada e a célula estar substancialmente completa. A eletroluminescência fornece uma grande quantidade de dados sobre a uniformidade da área de células e módulos solares. É um método não destrutivo e relativamente rápido, com tempos de medição possíveis de 1 segundo. Há recomendações normativas específicas para a inspeção de eletroluminescência em módulos fotovoltaicos de silício cristalino. Os critérios de avaliação são apresentados em detalhes, padronizando e determinando parâmetros de aceitação da qualidade das células e suas interligações que compõem os módulos fotovoltaicos fornecidos no mercado brasileiro.

Da Redação –
A eletroluminescência (EL) é uma ferramenta amplamente utilizada para identificar defeitos nas células solares de módulos fotovoltaicos (PV). As inspeções tradicionais por EL exigem condições de escuridão e desmontagem dos módulos, o que as torna dispendiosas e logisticamente complexas.
A eletroluminescência à luz do dia (dEL) surgiu como uma alternativa economicamente viável, permitindo inspeções no local sob quaisquer condições de irradiação sem a necessidade de desmontar os módulos, reduzindo assim os custos. No entanto, as inspeções por EL requerem injeção de corrente, necessitando de uma fonte de alimentação externa.
As soluções como inversores bidirecionais foram propostas para superar esse desafio. Há um método que utiliza outras strings fotovoltaicas na usina para fornecer a corrente necessária.
O método emprega um procedimento de comutação para filtrar a luz ambiente e permite a inspeção completa da string sem desmontar os módulos ou utilizar energia externa. Os testes de campo em diversas condições de irradiação mostram que as imagens resultantes são comparáveis às obtidas em ambientes...