O perigo dos chatbots quando o contato humano vira algoritmo
Redação
A automação em excesso ameaça a autenticidade nas relações digitais e acende o alerta sobre o futuro da comunicação entre marcas e pessoas. O fenômeno dos chatbots, sistemas automáticos que simulam interações humanas, revela uma contradição da era digital. Quanto mais ferramentas surgem para aproximar, mais distante parece ficar a comunicação real. As empresas, na tentativa de atender a todos, acabam substituindo o diálogo pela automação.

Carolina Lara –
Basta seguir alguém no Instagram para que uma enxurrada de mensagens automáticas apareça na tela. “Oi, tudo bem? Vi que você me seguiu!” é a saudação-padrão de milhares de robôs disfarçados de gente.
O que antes parecia o início de uma conversa genuína virou roteiro programado. A promessa de conexão transformou-se em um fluxo de respostas pré-definidas, criado para engajar, mas raramente para escutar.
O fenômeno dos chatbots, sistemas automáticos que simulam interações humanas, revela uma contradição da era digital. Quanto mais ferramentas surgem para aproximar, mais distante parece ficar a comunicação real.
As empresas, na tentativa de atender a todos, acabam substituindo o diálogo pela automação. Se o conteúdo é pensado para agradar um algoritmo, e a interação é feita por outro, em breve teremos robôs conversando entre si.
A praticidade da automação trouxe ganhos inegáveis para o atendimento e a produtividade, mas também criou um vácuo de autenticidade. No lugar do olhar atento e da escuta ativa, surgiram mensagens-padrão e respostas instantâneas.
O resultado é uma comunicação m...