A desativação temporária ou permanente de postos de combustíveis
Redação
A água subterrânea é vulnerável a diferentes formas de contaminação química e biológica, quer seja pelo lançamento inadequado de fertilizantes, agrotóxicos, pela disposição inadequada de resíduos sólidos domésticos e industriais e por micro-organismos patógenos que proliferam durante a decomposição de cadáveres. O armazenamento subterrâneo de produtos químicos pode, também, provocar a contaminação dessas águas, em decorrência de vazamentos que, percolando através do solo, ao longo dos anos, freqüentemente atingem o aquífero freático. Por se tratar de um poderoso solvente, a água possui grande afinidade para dissolver substâncias químicas, quer sejam os constituintes naturais do solo, quer aquelas substâncias lançadas de forma imprópria em consequência de descartes industriais ou de vazamentos no armazenamento subterrâneo. Uma alteração da concentração das substâncias presentes em um corpo d’água, ou mesmo o surgimento de substâncias orgânicas persistentes, podem comprometer sua potabilidade, impossibilitando sua utilização pelo homem. Tratando-se de águas subterrâneas, esse comprometimento tende a ser mais prolongado, pois tais ambientes não contêm micro-organismos aeróbios em quantidade suficiente para promover a efetiva biodegradação dos poluentes. Também ficam reduzidos os efeitos físicos e químicos característicos da interação do meio ambiente com o poluente envolvido. No caso de postos de combustíveis abandonados ou desativados deve-se tomar cuidados especiais. Por isso, deve-se entender os parâmetros a serem atendidos quando da desativação temporária ou permanente, e/ou da remoção, destinação e preparação de tanque subterrâneo e dos outros componentes do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC), utilizado no armazenamento de combustíveis.
Da Redação –
O atendimento a ocorrências com vazamento de produtos combustíveis oriundos de postos de revenda abandonados ou desativados, implicam em sérias dificuldades para as equipes de atendimento a emergência, uma vez que dificilmente os responsáveis do estabelecimento são localizados para a adoção de medidas corretivas, cabendo aos órgãos públicos adotar as ações de controle emergencial. No caso dos tanques e outros componentes, deve-se fazer a desgaseificação que é a remoção dos gases ou vapores inflamáveis do interior do tanque e a inertização redução do percentual de oxigênio (O2) e de vapores inflamáveis no ambiente confinado, com a introdução de gás inerte.
Deve-se compreender qual o limite inferior de explosividade (LIE) que é a mínima concentração de gás ou vapor inflamável no ar que é capaz de provocar a combustão a partir de uma fonte de ignição e que no local existem resíduos classe 1 ou aqueles que apresentam periculosidade, ou seja, risco à saúde pública e ao meio ambiente, ou uma das características a seguir: inflamabilidade, corrosividade, toxicidade e patogenicidade. A destinação final dos materiais...