As crises energética e portuária internacionais afetam o crescimento mundial
Redação
A crise energética chinesa já acendeu o alerta para o abastecimento da indústria e na cadeia de suprimentos de tecnologia. Na última semana de setembro, as empresas responsáveis por fornecer chips para Apple e Tesla informaram que suspenderam a produção em algumas fábricas devido à falta de energia. O enredo de crise energética no Velho Continente é o mesmo, só que a alta de consumo provocada pela volta da atividade econômica fez outra vítima: o gás natural. O insumo é atualmente uma das principais matrizes energéticas europeias, e tem sido cada vez mais procurada para se evitar o uso do carvão e provocar problemas ambientais.
Tânia Gofredo e Rodrigo Scolaro –
Não é exatamente o cenário daqueles filmes de catástrofe de Hollywood, mas a retomada das atividades econômicas em todo o mundo, com arrefecimento da pandemia, tem causado um efeito dominó de problemas nos quatro cantos do planeta. No topo das preocupações, estão as crises energéticas da China e Europa, marcadas pela alta demanda em cima do carvão e do gás, respectivamente, e a explosão dos preços de fretes internacionais que agita os portos mais importantes do mundo.
Afinal, o quanto essas tensões refletem nos mercados e sobretudo no Brasil? Podemos esperar pelo pior? O que, afinal, está acontecendo com todos esses países? Era um roteiro previsível. Bastava surtir o efeito da vacina e os casos de contágios e mortes caírem, com o fim do isolamento as pessoas voltariam à vida ao normal e ao consumo, e, por consequência, as economias de todo o mundo começariam a se reaquecer.
Só faltou combinar a velocidade que isso aconteceria. Com este processo acelerado, tudo literalmente começou a ferver. A China e a Europa se encontram em crises energéticas, pela alta procura de carvão e gás na...