Publicado em 12 abr 2022

As pessoas são fundamentais para a meta de zerar as emissões de carbono

Redação

Uma pesquisa realizada pela KPMG e Eversheds Sutherland, Mudanças Climáticas e o Fator Pessoas, que explorou como os trabalhadores são incluídos no plano de descarbonização das empresas e outros aspectos, apontou que os líderes dos negócios estão tendo que definir metas ambiciosas para reduzir emissões e chegar `a emissões zero, mas traduzir a ambição em ação exigirá também investimento em capital humano. As empresas que adotam o compromisso zero carbono estão dizendo, basicamente, que deixarão de emitir carbono até determinada data, que varia de 2040 a 2050, aproximadamente. Isso significa, de fato, cortar as emissões. A chamada compensação, que é quando uma empresa compra créditos de carbono de projetos verdes, como reflorestamento ou energia renovável, só é aceita de maneira complementar, ou seja, de uma pequena parcela das emissões que não podem, por motivos técnicos, serem eliminadas. Os gases de efeito estufa (GEE) são os componentes gasosos da atmosfera, tanto natural quanto antrópico, que absorve e emite radiação em comprimentos de onda específicos dentro do espectro de radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra, pela atmosfera e pelas nuvens. Os GEE incluem dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonos (HFC), perfluorcarbonos (PFC) e hexafluoreto de enxofre (SF6). A mudança climática foi identificada como um dos maiores desafios a ser enfrentado por nações, governos, empresas e cidadãos nas décadas futuras. A mudança do clima tem implicações para os sistemas humano e natural, e poderá levar a mudanças significativas na utilização de recursos naturais, produção e atividade econômica. Em resposta, as iniciativas internacionais, regionais, nacionais e locais estão sendo desenvolvidas e implementadas para limitar concentrações dos GEE na atmosfera da Terra. Tais iniciativas contam com a quantificação, monitoramento, elaboração de relatórios e verificação das emissões e/ou remoções de GEE. Dessa forma, a quantificação e o monitoramento de emissões, de remoções, de reduções de emissão e de melhorias de remoções no âmbito de projeto de GEE são desafiadores, porque o desempenho do projeto propriamente dito é avaliado em comparação com um cenário de referência hipotético que representa o que teria acontecido na ausência do projeto de GEE. Consequentemente é difícil verificar emissões, remoções e/ou estoques de GEE do cenário de referência. É, portanto, importante demonstrar que o cenário de referência é consistente com os princípios normativos que tratam desse assunto, com o conservadorismo e a precisão, para aumentar o nível de confiança de que reduções de emissão e/ou melhorias de remoções de GEE são corretas e não superestimadas. Geralmente, o cenário de referência é determinado levando-se em consideração uma avaliação de cenários alternativos. Para o projeto e o cenário de referência, a quantificação, o monitoramento e a elaboração de relatórios de emissões, remoções e/ou estoques de GEE por fontes, sumidouros e reservatórios de GEE são baseados em procedimentos desenvolvidos pelo proponente do projeto ou adotados por autoridades reconhecidas.

Da Redação – 

A pesquisa da KPMG e Eversheds Sutherland teve como base as perspectivas de 1.095 líderes globais e entrevistas com vozes importantes sobre as mudanças climáticas, os resultados indicam uma lacuna potencial entre seus objetivos líquidos zero e as estratégias e talentos implementados para alcançá-los, considerando seus impactos socioeconômicos. A pesquisa também constatou que a especialização em mudanças climáticas é cada vez mais valorizada.

“Espera-se que as mudanças climáticas afetem todos os setores da economia e, consequentemente, a transição para uma economia de baixo carbono resultará em mudanças substanciais na forma como as empresas operam e fazem negócios. Essas mudanças afetarão os funcionários e agitarão os mercados de trabalho, e vão afetar as comunidades onde eles vivem. Assim, podemos dizer que a transformação dos modelos de negócios necessárias para enfrentar as mudanças climáticas exigirá muito mais do que apenas as habilidades e conhecimentos certos. Exigirá planejamento socioeconômico”, analisa a sócia-líder de ESG da KPMG no Brasil, Nelmara Arbex.

De acordo com o estudo, muitas empr...

Artigo atualizado em 12/04/2022 06:38.

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