Verificando as máquinas de ensaios de impacto por pêndulo Charpy

Redação

A adequação de uma máquina de ensaio de impacto por pêndulo, para ensaios de aceitação de materiais metálicos, geralmente se baseia na calibração de sua escala e na verificação da conformidade com as dimensões especificadas, como a forma e o espaçamento dos batentes que apoiam a amostra. A calibração da escala é normalmente verificada medindo a massa do pêndulo e a sua elevação em várias leituras da escala. Esse procedimento para avaliação de máquinas tinha a nítida vantagem de exigir apenas medições de grandezas que pudessem ser rastreadas a padrões nacionais. A natureza objetiva dessas medições rastreáveis minimizou a necessidade de arbitragem em relação à adequação das máquinas para os ensaios de aceitação de material. Há especificações normativas para a verificação das máquinas de ensaios de impacto por pêndulo, em relação aos elementos construtivos, de seu desempenho geral e da exatidão dos resultados produzidos por elas. Eles são aplicáveis às máquinas com cutelos de 2 mm ou 8 mm, usados para ensaios de impacto por pêndulo, por exemplo, em conformidade com a NBR ISO 148-1. São aplicados às máquinas de ensaio de impacto por pêndulo de várias capacidades e modelos diferentes. Pode-se observar que as máquinas de impacto usadas para fins industriais, gerais ou de laboratório de pesquisa de ensaios de materiais metálicos, de acordo com a parte 2 da NBR ISO 148, são citadas como máquinas industriais. Aquelas com requisitos mais rigorosos são citadas como máquinas de referência. Existem dois métodos de verificação. O método direto, que é de natureza estática e envolve a medição das partes críticas da máquina para garantir que ela atenda aos requisitos normativos. Os instrumentos utilizados para a verificação e calibração são rastreáveis aos padrões nacionais ou internacionais. O método indireto, que é dinâmico por natureza e utiliza corpos de prova de referência para verificar pontos na escala de medição para energia absorvida. Os requisitos para os corpos de prova de referência encontram-se na NBR ISO 148-3. Assim, uma máquina de ensaio de impacto por pêndulo não está em conformidade com esta a parte 2 da NBR ISO 148, até que tenha sido verificada pelos métodos direto e indireto. Também, pode-se avaliar os diferentes componentes da energia total absorvida ao fraturar um corpo de prova. Esta energia absorvida total consiste em: energia necessária para romper o próprio corpo de prova, e as perdas de energia interna da máquina de ensaio de impacto realizada na primeira metade do ciclo de oscilação, a partir da posição de queda inicial. As perdas de energia interna são devidas à resistência do ar e ao atrito dos rolamentos do eixo de rotação e do ponteiro indicador do pêndulo, que pode ser determinado pelo método direto e ao choque da fundação e à vibração da estrutura e do pêndulo, para os quais não foram desenvolvidos métodos de medição e dispositivos adequados.