Publicado em 04 nov 2025

Os diferente fatores que causam e doença hepática

Redação

As doenças hepáticas são condições que afetam o fígado, prejudicando seu funcionamento e podendo ter diversas causas, como infecções virais (Hepatite B e C), consumo excessivo de álcool, má alimentação e doenças genéticas. As principais doenças hepáticas incluem hepatites, esteatose (gordura no fígado) e cirrose, que pode evoluir de condições agudas ou crônicas e é um estágio avançado da doença.

A doença hepática pode ser causada por uma variedade de fatores, que incluem condições infecciosas, tóxicas, metabólicas e autoimunes. Hepatites virais (A, B, C, D e E) são causas comuns de doenças hepáticas. A hepatite B e C, em particular, estão frequentemente associadas ao desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular.

O consumo excessivo de álcool pode levar a várias condições hepáticas, incluindo hepatite alcoólica, cirrose e insuficiência hepática. As condições como diabetes, obesidade e doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) são fatores de risco significativos para o desenvolvimento de doenças hepáticas.

A exposição a substâncias tóxicas, como certos medicamentos e produtos químicos, pode causar hepatotoxicidade e doenças hepáticas.

Doenças Autoimunes: A hepatite autoimune é uma condição em que o sistema imunológico ataca as células do fígado, levando a inflamação e dano hepático.

Doenças Genéticas: Condições hereditárias, como hemocromatose (acúmulo de ferro no fígado) e doença de Wilson (acúmulo de cobre), podem causar danos ao fígado.

Câncer Hepático: O carcinoma hepatocelular é frequentemente uma complicação de doenças hepáticas crônicas, especialmente em pacientes com cirrose.

Fatores Ambientais e Estilo de Vida: Dieta inadequada, sedentarismo e outros fatores de estilo de vida também podem contribuir para o desenvolvimento de doenças hepáticas.

Esses fatores podem atuar isoladamente ou em conjunto, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças hepáticas. A identificação precoce e o manejo adequado são essenciais para prevenir a progressão da doença hepática.

O MS-PCDT: Hepatite C e coinfecções descreve que no caso da hepatite C (HCV) o vírus pertence ao gênero Hepacivirus, família Flaviviridae (THIEL et al., 2005). Sua estrutura genômica é composta por uma fita simples de ácido ribonucleico (RNA), de polaridade positiva, com aproximadamente 9.400 nucleotídeos.

Existem, pelo menos, 7 genótipos e 67 subtipos do vírus (SMITH et al., 2014). A transmissão do HCV ocorre principalmente por via parenteral, por meio do contato com sangue contaminado, a exemplo do compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas, reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos, falha de esterilização de equipamentos de manicures e reutilização de material para realização de tatuagem e uso de sangue e seus derivados contaminados (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017).

A transmissão sexual do HCV também tem sido relatada de forma esporádica. De forma geral, a transmissão sexual desse vírus é pouco eficiente e ocorre em relações sem uso de preservativo.

Há também a possibilidade de transmissão vertical, em menor proporção dos casos (FAUTEUX-DANIEL et al., 2017). De modo geral, a hepatite C aguda apresenta evolução subclínica. A maioria dos casos têm apresentação assintomática e anictérica, o que dificulta o diagnóstico.

Habitualmente, a hepatite C é diagnosticada em sua fase crônica. Como os sintomas são muitas vezes escassos e inespecíficos, a doença pode evoluir durante décadas sem diagnóstico. Em geral, o diagnóstico ocorre após teste sorológico de rotina ou por doação de sangue. Esse fato reitera a importância da suspeição clínica por toda a equipe multiprofissional e do aumento da oferta de diagnóstico sorológico – especialmente para as populações vulneráveis ao HCV.

A hepatite crônica pelo HCV é uma doença de caráter insidioso, caracterizando-se por um processo inflamatório persistente. Na ausência de tratamento há cronificação em 60% a 85% dos casos e, em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose hepática, o risco anual para o surgimento de carcinoma hepatocelular (CHC) é de 1% a 5% (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014).

O risco anual de descompensação hepática é de 3% a 6%. Após um primeiro episódio de descompensação hepática, o risco de óbito, nos próximos 12 meses, é 15% a 20% (Westbrook e Dusheiko 2014).

No entanto, a taxa de progressão para cirrose é variável e pode ser mais acelerada em determinados grupos de pacientes, como alcoolistas ou coinfectados pelo HIV (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014). A evolução para óbito, geralmente, decorre de complicações da hepatopatia crônica, como a insuficiência hepatocelular, hipertensão portal (varizes gastresofágicas, hemorragia digestiva alta, ascite), encefalopatia hepática, além de trombocitopenia e desenvolvimento de CHC.

Artigo atualizado em 04/11/2025 09:20.
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