Publicado em 09 dez 2025

A multitarefa é uma corrida que ninguém vence

Redação

A busca constante por eficiência tem levado ao esgotamento emocional e à falta de presença nas experiências cotidianas, propondo uma reflexão sobre a importância de desacelerar e redefinir prioridades. O hábito de realizar várias tarefas ao mesmo tempo parece um sinal de competência. Na verdade, é o contrário. Pesquisas em neurociência mostram que o cérebro não faz multitarefa de verdade: ele apenas alterna rapidamente entre tarefas, perdendo até 40% da eficiência no processo.

Lucas Freire – 

Vivemos em um tempo em que ser produtivo se tornou sinônimo de valor pessoal. A rotina acelerada, os prazos curtos e a exigência por resultados fazem com que muitos se orgulhem de conseguir dar conta de tudo.

Mas, por trás dessa imagem de eficiência, há um esgotamento crescente que poucos reconhecem, e menos ainda ousam nomear. O hábito de realizar várias tarefas ao mesmo tempo parece um sinal de competência.

Na verdade, é o contrário. Pesquisas em neurociência mostram que o cérebro não faz multitarefa de verdade: ele apenas alterna rapidamente entre tarefas, perdendo até 40% da eficiência no processo.

É como tentar ouvir várias músicas ao mesmo tempo: o som vira ruído, e nada se aproveita por completo. Essa busca constante por produtividade nasce de uma cultura que nos ensinou desde cedo que nosso valor está no que entregamos, não no que vivemos.

É como se fôssemos máquinas em manutenção permanente, sempre precisando provar que ainda funcionamos. O descanso, o tédio e até o silêncio passam a ser vistos como desperdício de tempo.

Assim, mesmo quando o corpo para, a mente continua e...

Artigo atualizado em 02/12/2025 12:46.
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