Publicado em 15 mar 2022

O resíduo que vira insumo na economia circular e a biodegradação dos plásticos

Redação

Pode-se afirmar que uma economia circular é aquela que usa uma abordagem focada em sistemas e envolve processos industriais e atividades econômicas que são restaurativas ou regenerativas por design, permitem que os recursos usados em tais processos e atividades mantenham seu maior valor pelo maior tempo possível e visam a eliminação de desperdícios por meio do design superior de materiais, produtos e sistemas (incluindo modelos de negócios). É uma mudança no modelo em que os recursos são extraídos, transformados em produtos e depois transformados em resíduos. Uma economia circular reduz o uso de materiais, redesenha os materiais para consumir menos recursos e recupera o desperdício como recurso para fabricar novos materiais e produtos. A economia circular é baseada em três princípios, impulsionados pelo design: eliminar o lixo e a poluição, circular os produtos e os materiais (no seu valor mais alto) e regenerar a natureza. Deve ser sustentada por uma transição para energias e materiais renováveis. Uma economia circular dissocia a atividade econômica do consumo de recursos finitos. É um sistema resiliente que é bom para os negócios, as pessoas e o meio ambiente. Assim, a economia circular é uma alternativa à economia linear e a ideia desse modelo econômico parece se uma opção viável para alcançar altos níveis de sustentabilidade sem diminuir a rentabilidade do negócio ou reduzir o número de produtos e serviços disponíveis. Em outras palavras, uma economia circular não pretende simplesmente combater os defeitos de uma economia linear, mas fornece uma mudança sistemática que muda completamente o sistema econômico. A adoção da abordagem da economia circular exigirá que sejam tomadas medidas em toda a cadeia de valor, desde a produção e consumo até a gestão de resíduos e recursos. As medidas incluem um melhor design de produtos que reduz a quantidade de recursos utilizados na produção, mudança nos hábitos de consumo onde os produtos são reparados em vez de substituídos por novos e a reciclagem de resíduos e sua reintrodução na cadeia de valor. Por exemplo, no caso das embalagens plásticas, existem parâmetros normativos para se determinar a compostabilidade dela, visando a revalorização de resíduos pós-consumo, por meio de apontamento das características de biodegradação aeróbica seguida da desintegração e impacto no processo de compostagem.

Da Redação – 

Conforme o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), o tradicional modelo de produção linear (extrair, transformar e descartar), que tem origem com a Revolução Industrial, mostra-se cada vez mais esgotado e ambientalmente insustentável. Os resíduos são gerados, acumulados e, simplesmente, descartados, degradando o ambiente em favor do crescimento econômico. De acordo com dados do Banco Mundial, o mundo gera em torno de dois bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, e uma estimativa conservadora aponta que 33% desse total têm destinação ambiental inadequada, por exemplo, em lixões.

A disposição inadequada de resíduos provoca a contaminação da vegetação e de corpos d’água, estimula a proliferação de potenciais transmissores de doenças contagiosas e afeta a saúde dos residentes em seu entorno. Além disso, a biodegradação do material orgânico, que ocorre em aterros sanitários, produz gás metano e, assim, contribui para o aquecimento global.

Diante desse cenário preocupante, muitos países vêm implementando, em suas políticas públicas, medidas para redução de geração de resíduos com incenti...

Artigo atualizado em 15/03/2022 06:39.

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