Publicado em 07 fev 2023

O sistema de tolerâncias e ajustes

Redação

As tolerâncias não são escolhidas ao acaso, pois, em 1926, entidades internacionais organizaram um sistema normalizado que acabou sendo adotado no Brasil pela ABNT: o sistema de tolerâncias e ajustes ABNT/ISO (NBR 6158). O sistema ISO consiste num conjunto de princípios, regras e tabelas que possibilita a escolha racional de tolerâncias e ajustes de modo a tornar mais econômica a produção de peças mecânicas intercambiáveis. Este sistema foi estudado, inicialmente, para a produção de peças mecânicas com até 500 mm de diâmetro; depois, foi ampliado para peças com até 3150 mm de diâmetro. Ele estabelece uma série de tolerâncias fundamentais que determinam a precisão da peça, ou seja, a qualidade de trabalho, uma exigência que varia de peça para peça, de uma máquina para outra. Assim, a tolerância é a diferença entre a dimensão máxima e a dimensão mínima, ou seja, a diferença entre o afastamento superior e o afastamento inferior. A tolerância é um valor absoluto, sem sinal. A tolerância-padrão (IT) é qualquer tolerância pertencente a este sistema e as letras do símbolo IT significam International Tolerance. Os graus de tolerância-padrão (IT) são um grupo de tolerância considerado como correspondente ao mesmo nível de precisão para todas as dimensões nominais. Os graus de tolerância-padrão são designados pelas letras IT e por um número (por exemplo: IT7). Quando o grau de tolerância é associado a um afastamento fundamental para formar uma classe de tolerância, as letras IT são omitidas (por exemplo: h7). O sistema prevê um total de 20 graus de tolerância-padrão, dos quais os graus IT1 a IT18 são de uso geral. Os graus IT0 e IT01 não são de uso geral e são dados para fins de informação. Os campos de tolerância, em uma      s, são o campo compreendido entre duas linhas, representando as dimensões máxima e mínima, sendo definido pela magnitude da tolerância e sua posição relativa em relação à linha zero. Há um conjunto de princípios, regras e tabelas que se aplicam à tecnologia mecânica, a fim de permitir escolha racional de tolerâncias e ajustes, visando a fabricação de peças intercambiáveis.

Da Redação – 

Na fabricação em série, é necessário que as peças acopladas sejam passíveis de serem trocadas por outras, que tenham as mesmas especificações das peças originais. Assim, ao se fabricar componentes mecânicos é fundamental que certas peças se ajustem reciprocamente ao montá-las, sem que sejam submetidas a tratamentos ou ajustes suplementares. A possibilidade de se substituir umas peças por outras ao montar ou consertar um equipamento (ou conjunto mecânico) denomina-se intercambiabilidade que é a possibilidade de, quando se monta um conjunto mecânico, tomar-se ao acaso, de um lote de peças semelhantes, prontas e verificadas, uma peça qualquer que, montada ao conjunto em questão, sem nenhum ajuste ou usinagem posterior, dará condições para que o sistema mecânico cumpra as funções para as quais foi projetado.

Com a intercambiabilidade, as peças fabricadas em série podem ser montadas, sem necessidades de ajustes, em outra peça qualquer, qualquer que seja o lote, a data ou o local de fabricação. Esta intercambiabilidade é garantida através de uma adequada seleção das tolerâncias e ajustes. Um requisito fundamental...

Artigo atualizado em 07/02/2023 05:35.

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