Os procedimentos no diagnóstico da síndrome metabólica
Redação
A obesidade decorre do acúmulo de gordura no organismo, estando associada a riscos para a saúde, devido à sua relação com várias complicações metabólicas. A prevalência da obesidade vem aumentando entre adultos, tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento.

O diagnóstico da síndrome metabólica envolve a avaliação de um conjunto de fatores de risco que incluem obesidade central, hipertensão arterial, dislipidemia e resistência à insulina. Para confirmar o diagnóstico, é necessário que o paciente apresente pelo menos três dos cinco critérios estabelecidos.
Esses critérios incluem: a obesidade central, medida pela circunferência abdominal, que deve ser superior a 88 cm em mulheres e 102 cm em homens; hipertensão arterial com pressão arterial elevada; alterações nos níveis de glicose com diabetes ou glicemia alterada, incluindo pré-diabetes; triglicerídeos elevados com níveis acima de 150 mg/dL; e colesterol HDL baixo com níveis abaixo de 40 mg/dL em homens e 50 mg/dL em mulheres.
Além disso, exames laboratoriais são frequentemente utilizados para avaliar os níveis de glicose, lipídios e outros marcadores metabólicos. A seguir, estão alguns procedimentos diagnósticos relevantes, como a dosagem de Frutose que avalia o metabolismo da frutose, que pode estar relacionado à síndrome metabólica e suas consequências, como diabetes e doenças cardiovasculares; exames de colesterol e triglicerídeos para pacientes com suspeita de síndrome metabólica, é importante medir o colesterol total, HDL e triglicerídeos; e testes de glicemia, incluindo glicemia em jejum e teste oral de tolerância à glicose (TOTG). Esses procedimentos ajudam a identificar e monitorar a síndrome metabólica, permitindo intervenções precoces e adequadas.
O CRM-MG: PARECER 151 afirma que a obesidade decorre do acúmulo de gordura no organismo, estando associada a riscos para a saúde, devido à sua relação com várias complicações metabólicas. A prevalência da obesidade vem aumentando entre adultos, tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pelo menos 1 bilhão de pessoas apresente excesso de peso, das quais, 300 milhões são obesos. É uma enfermidade que tem assumido proporções endêmicas em países de primeiro mundo ou em desenvolvimento.
Em razão de tratar-se de uma doença de comprometimento sistêmico e, de sua elevada incidência entre crianças, adolescentes e adultos jovens, tornou-se um dos principais problemas de saúde pública no mundo atual. O tratamento preconizado para os pacientes com sobrepeso e obesos tem por objetivo a melhora clínica das comorbidades e indicadores metabólicos, melhora na qualidade de vida e de forma enfática a autoestima.
A indicação dos diversos tipos de tratamento para a obesidade tem por objetivo diminuir os riscos de doenças associadas ao sobrepeso, entre estas, podemos destacar o diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, esteatose hepática, esteatohepatite não alcoólica, artrose, depressão, ansiedade, coronariopatias, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, etc. Deste conjunto de eventos adversos há de se destacar a síndrome metabólica, definida como um conjunto doenças, associadas à obesidade e à resistência insulínica, otimiza o risco de o paciente obeso evoluir para uma das complicações supracitadas.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) relatam que a síndrome metabólica estaria relacionada a uma mortalidade de até duas vezes maior do que a observada na população geral, assim como um risco de falecimento por doença cardiovascular de até três vezes maior. Para o diagnóstico da síndrome metabólica, o paciente deverá apresentar pelo menos três dos cinco critérios descritos a seguir.
Obesidade central, com maior acúmulo de gordura na região da barriga e uma circunferência abdominal superior a 88 centímetros nas mulheres, ou a 102 centímetros, nos homens. Hipertensão arterial sistêmica. Diabetes ou diagnóstico de glicemia alterada, como quadros de pré-diabetes.
Deve-se considerar os casos de resistência insulínica através do índice de Homa: triglicérides, acima de 150 mg/dl e colesterol total acima de 190 mg/dl. Em uma sociedade em que os valores e questões estéticas são tão valorizados, acredita-se que esse possa ser o fator determinante que leva os pacientes a buscarem ajuda de médico, nutricionista, ou educador físico com o intuito de promover a perda peso. Por se tratar de uma enfermidade crônica, existe nesse grupo de pacientes um sério comprometimento emocional e mesmo uma perturbação da identidade dissociativa.