Publicado em 21 jul 2020

Poluição do ar: invisível e letal

Redação

Esforço para combater a pandemia deve puxar novas medidas para reduzir poluição do ar.

Leo Cesar Melo – 

Em diversas cidades do mundo, especialmente nas grandes metrópoles, a qualidade do ar melhorou significativamente com a implantação das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia, que em todo o planeta já infectou quase 9 milhões de pessoas e provocou a morte de mais de 400.000. Antes mesmo de concentrar toda sua atenção nessa luta, uma das principais preocupações da Organização Mundial da Saúde era com a questão da poluição do meio ambiente. Em 2019, a OMS fez um alerta de que a poluição do ar era o maior risco ambiental para a saúde da humanidade.

De acordo com a organização, por ano, 7 milhões de pessoas morrem prematuramente por doenças provocadas pela poluição atmosférica, causada principalmente pelos altos volumes de emissões da indústria, dos transportes e da agricultura. Além disso, 90% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda. 

Se nada for feito para reverter esse quadro, a tendência é que a situação se agrave. Portanto, para frear o avanço do problema, os principais agentes poluidores precisam urgentemente focar na eliminação, diminuição ou compensação de suas ações. Isso serve especialmente para as indústrias e para alguns segmentos de infraestrutura.

No Brasil, um dos setores que vem apresentando bons resultados nesse sentido é o de energia limpa. Por conta dos avanços nas políticas que favorecem o biogás, proveniente de materiais orgânicos e que por ser renovável pode substituir o uso de combustíveis fósseis.

Iniciamos 2020 com mais de 400 plantas de biogás em operação, um crescimento de 40% na comparação com 2019. As indústrias podem auxiliar no crescimento desse mercado e ao mesmo tempo se favorecer dele, já que hoje existem diversas soluções viáveis de reaproveitamento de resíduos para geração de energia. Com isso cai a necessidade de compra de energia, algo bastante custoso para a produção e ao mesmo tempo reduzem os gastos com a destinação de resíduos.

Mas precisamos avançar muito mais, e por outros setores. O mundo deve encarar o problema da poluição ambiental com a mesma firmeza que está enfrentando essa crise. As atitudes tomadas em para a sua superação estão mostrando como a inovação e a ciência são capazes de solucionar os problemas. Que usemos esse exemplo para gerar outras grandes mudanças a favor do desenvolvimento sustentável.

Leo Cesar Melo é CEO da Allonda Ambiental - marcopaulo@libris.com.br

Artigo atualizado em 21/07/2020 06:11.

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