Publicado em 02 fev 2021

A conformidade dos isoladores não compostos tipo suporte para uso interno

Redação

Os isoladores para linhas de alta e baixa tensão são dispositivos que têm a função de dar suporte mecânico rígido ou flexível para os condutores elétricos ou equipamentos e mantê-los isolados do aterramento, de outras partes condutoras e das próprias estruturas de suporte. Podem ser constituídos de ferragens, porcelana, vidro, polímero ou material compósito e cimento, para manter as partes integradas (ferragens e saias). As características elétricas e mecânicas dos isoladores não compostos tipo suporte para uso interno, em instalações elétricas ou equipamentos operando, em corrente alternada: tensões de corrente alternada acima de 1.000 V até 245 kV, como definido na NBR 6939, e frequência abaixo de 100 Hz. No final de 1950, o desenvolvimento de um isolador com peso reduzido e características elétricas e mecânicas melhores em relação aos isoladores cerâmicos convencionais foi considerado um pré-requisito para as linhas de transmissão de 1.000 kV. A busca por isoladores mais leves continuou, de modo que o primeiro isolador não cerâmico foi fabricado em 1959, mas com diversas falhas devido ao trilhamento e à erosão, as quais estavam relacionadas com as saias fabricadas com resina-epóxi. Poucos anos mais tarde, fabricantes europeus introduziram no mercado a primeira geração de isoladores não-cerâmicos com menor percentual de falhas. Estes isoladores tinham um núcleo composto por um bastão em fibra de vidro recoberto por saias de material polimérico e as ferragens unidas ao núcleo de diferentes maneiras. Na mesma época, os fabricantes utilizavam vários tipos de materiais poliméricos nas saias, entre os quais se destacavam o teflon, a resina-epóxi, a borracha de silicone vulcanizada à temperatura ambiente, a borracha de silicone vulcanizada a altas temperaturas, a borracha de etileno propileno e o polipropileno. Alguns destes polímeros foram carregados com cargas inorgânicas, tais como a alumina triidratada e a sílica, para obter as propriedades antitrilhamento desejadas. As ferragens foram unidas ao núcleo de diferentes modos, os quais incluíam cola com resina-epóxi, inserção de cones e a compressão do metal no bastão. Hoje, após o desenvolvimento continuado e extensivos ensaios em campo e em laboratório, os isoladores não-cerâmicos estão em uso para tensões de até 765 kV. Deve-se entender os termos usados, como especificar as características elétricas e mecânicas de isoladores não compostos tipo suporte e prescrever as condições sob as quais os valores específicos destas características são verificados, especificar os métodos de ensaio e estabelecer os critérios de aceitação.

Da Redação – 

Os isoladores poliméricos tipo suporte, não compostos, são fabricados em resina epóxi cicloalifática, própria para uso externo. Ensaiados conforme as normas IEC 62217, UL 94, IEC TS 62073, ASTM G154/00, superam com ampla vantagem os similares em porcelana. Representam um avanço na utilização em equipamentos elétricos, subestações, linhas de transmissão e distribuição. Normalmente, são fabricados segundo modernas tecnologias de processo e materiais, e destacam por possuir resistência ao trilhamento elétrico e ao arco de potência; resistência mecânica; massa inferior em relação aos isoladores de porcelana facilitando seu manuseio e instalação; desempenho em ambiente agressivo com distancia de escoamento até 36 mm/kV; e saias alternadas que mantêm a isolação mesmo diante de chuvas severas, acumulo de gelo ou locais de poluição agressiva.

Embora a qualidade do núcleo de fibra de vidro seja de grande importância no desempenho global dos isoladores não cerâmicos, têm sido muito poucas as falhas atribuídas ao material. Similarmente, a qualidade das saias é, também, de grande importância no desempenho global dos is...

Artigo atualizado em 03/02/2021 12:12.

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