Publicado em 28 dez 2021

O estudo do perigo e da operabilidade complementa a mentalidade do risco

Redação

Nos programas de qualidade, baseados na ISO 9001, a mentalidade de risco habilita uma organização a determinar os fatores que poderiam causar desvios nos seus processos e no seu sistema de gestão da qualidade em relação aos resultados planejados, a colocar em prática controles preventivos para minimizar efeitos negativos e a maximizar o aproveitamento das oportunidades que surjam. Atender consistentemente a requisitos e abordar as necessidades e as expectativas futuras constitui um desafio para as organizações em um ambiente progressivamente dinâmico e complexo. Para alcançar esse objetivo, a organização pode considerar necessário adotar várias formas de melhoria, além de correção e melhoria contínua, como mudança de ruptura, inovação e reorganização. O hazard and operability study (hazop) ou o estudo de perigo e operabilidade complementa a mentalidade de risco, sendo essencial para se conseguir um sistema de gestão da qualidade eficaz. O conceito de mentalidade de risco estava implícito nas versões anteriores da norma, incluindo, por exemplo, realizar ações preventivas para eliminar não conformidades potenciais, analisar quaisquer não conformidades que ocorram e tomar ação para prevenir recorrências que sejam apropriadas aos efeitos da não conformidade. Para estar conforme com os requisitos da ISO 9001, uma empresa precisa planejar e implementar as ações para abordar os riscos e as oportunidades. A abordagem de riscos e oportunidades estabelece uma base para o aumento da eficácia do sistema de gestão da qualidade, conseguir resultados melhorados e para a prevenção de efeitos negativos. Em linhas gerais, as oportunidades podem surgir como resultado de uma situação favorável ao atingimento de um resultado pretendido, por exemplo, um conjunto de circunstâncias que possibilite à organização atrair clientes, desenvolver novos produtos e serviços, reduzir desperdício ou melhorar produtividade. As ações para abordar as oportunidades podem também incluir a consideração de riscos associados, pois eles são o efeito da incerteza, e qualquer incerteza pode ter um efeito positivo ou negativo. Um desvio positivo proveniente de um risco pode oferecer uma oportunidade, mas nem todos os efeitos positivos de risco resultam em oportunidades. Enfim, nem todos os processos de um sistema de gestão da qualidade representam o mesmo nível de risco em termos da capacidade de a organização atingir seus objetivos e os efeitos da incerteza não são os mesmos para todas organizações que são responsáveis pela sua aplicação de mentalidade de risco e pelas ações que toma para abordar riscos, incluindo reter ou não informação documentada como evidência de sua determinação de riscos.

Em resumo, a gestão de risco é o processo de identificação, avaliação e controle de ameaças ao capital e lucros de uma organização. Esses riscos vêm de uma variedade de fontes, incluindo incertezas financeiras, responsabilidades legais, questões de tecnologia, erros de gestão estratégica, acidentes, desastres naturais, etc.

Um programa de gestão de risco bem-sucedido ajuda uma organização a considerar toda a gama de perigos que enfrenta. Ele também examina a relação entre os riscos e o impacto em cascata que eles podem ter sobre os objetivos estratégicos de uma organização.

Além de enfocar as ameaças internas e externas, a gestão de riscos prioriza a importância dos riscos positivos que são as oportunidades que podem aumentar o valor do negócio ou, inversamente, prejudicar uma organização se não forem aproveitados. Na verdade, o objetivo de qualquer programa de gestão de risco não é eliminar todos os perigos, mas preservar e agregar valor à empresa tomando decisões inteligentes sobre eles.

Assim, um programa de gestão de risco deve estar entrelaçado com a estratégia organizacional e, para vinculá-lo, os líderes devem primeiro definir a ...

Artigo atualizado em 16/12/2021 05:55.

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