Publicado em 13 fev 2024

Os riscos de ruptura das pontes, viadutos e passarelas no Brasil

Redação

A falta de políticas e estratégias voltadas à manutenção de obras públicas nas últimas décadas permitiu que ocorresse um processo de deterioração das obras de artes especiais (OAE) que são as estruturas classificadas como pontes, pontilhões, viadutos, passagens superiores, passagens inferiores ou passarelas, afetando diretamente esses projetos. Na maioria deles, se apresentam uma variedade de manifestações patológicas e danos estruturais, sendo que alguns fatores também agravaram a situação atual, como as antigas normas brasileiras em vigor na época em que as estruturas foram projetadas e construídas, que não previam a carga atual ou a intensidade do tráfego nas rodovias e nos centros urbanos, a corrupção sistêmica no país, etc. Os trabalhos de inspeção devem ser realizados por equipe técnica de engenharia civil e áreas correlatas, sob a supervisão do administrador da OAE, por meio do seu engenheiro gestor responsável, conforme as diretrizes adotadas para a inspeção das pontes e viadutos que estiverem sob sua jurisdição. Estas diretrizes devem estar em conformidade com os requisitos estabelecidos na norma. Para a aplicação de novas tecnologias e a consideração de situações ou soluções construtivas não previstas ou contempladas de maneiras simplificadas pela norma, o engenheiro gestor responsável pode usar o estado da arte ou algum procedimento aceito pela comunidade técnico-científica, desde que acompanhado de estudos que justifiquem, do ponto de vista estritamente técnico, o atendimento do mesmo nível das exigências normativas.

As OAE, como espinhas dorsais dos sistemas de infraestrutura de transporte, estão expostas ao estresse e à carga ambiental durante sua vida útil. A manutenção adequada e o prolongamento da vida útil dessas estruturas existentes são essenciais para garantir o bom fluxo do tráfego e a segurança da população.

No entanto, os acidentes de segurança durante a fase de manutenção ou inspeção tornaram-se cada vez mais frequentes e atrasaram a conclusão dos trabalhos. Para minimizar a ocorrência de tais acidentes, a análise de risco para o período de manutenção das OAE é crucial.

Atualmente, a maioria das avaliações de risco de manutenção das OAE baseia-se em dados de acidentes, o que não fornece uma visão abrangente do nível de risco. Estas avaliações centram-se frequentemente em acidentes graves, negligenciando outros riscos ocultos, como operações arriscadas e equipamentos danificados.

No entanto, durante a manutenção e inspeção das OAE, é recolhida uma grande quantidade de dados sobre riscos ocultos, tais como relatórios de inspeção e registros do local. Embora estes dados exijam muito tempo para serem acumulados, eles podem ser usados para f...

Artigo atualizado em 08/02/2024 03:47.

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