Os sintomas clínicos do rotavírus
Redação
O rotavírus ou vírus RNA da família Reoviridae, do gênero rotavírus, é um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA) e uma das mais importantes causas de diarreia grave em crianças menores de cinco anos no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento.

Os sintomas clínicos do rotavírus incluem a diarreia que é o sintoma mais comum e pode ser grave, levando à desidratação; vômitos que ocorrem frequentemente junto com a diarreia; a febre que pode estar presente, mas não é sempre um sintoma significativo; dor abdominal, um desconforto abdominal pode ser relatado; e desidratação devido à perda de fluidos, que é uma complicação séria. A gastroenterite por rotavírus é uma das principais causas de diarreia aguda em crianças, especialmente em lactentes e crianças pequenas.
A gravidade da doença pode variar e, em casos severos, pode ser necessário tratamento hospitalar para reidratação. Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção por rotavírus, no entanto, a gastroenterite, ou seja, a manifestação clínica, é mais prevalente em crianças menores de cinco anos.
Recém-nascidos normalmente têm infecções mais leves ou assintomáticas, provavelmente devido à amamentação e aos anticorpos maternos transferidos pela mãe. Pode ser transmitido pela via fecal-oral (contato pessoa a pessoa, ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados, e propagação aérea por aerossóis) e é encontrado em altas concentrações nas fezes de crianças infectadas.
O período de incubação é de dois dias, em média. Quanto à transmissibilidade excreção viral máxima acontece nos 3º e 4º dias a partir dos primeiros sintomas. Apesar disso, é possível detectar rotavírus nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarreia.
O desenvolvimento de imunoensaios, testes de látex e eletroforese tornaram o diagnóstico do rotavírus (rotavirose) viável em todo o mundo, por serem rápidos, sensíveis, específicos, baratos e fáceis de executar em laboratórios mais simples. O rotavírus pode ser cultivado a partir de amostras de fezes e métodos de detecção molecular, os quais, apesar de não serem necessários para o diagnóstico de rotina, permitem a comparação dos rotavírus identificados com os utilizados na constituição das vacinas disponíveis.
O diagnóstico de rotavírus nos serviços públicos de saúde ocorre a partir da coleta da amostra de fezes frescas (in natura), em torno de 5 a 10 ml, sem conservantes. Posteriormente, a amostra deve ser armazenada em frasco/pote com tampa rosqueada devidamente identificado, e enviada ao laboratório da rede de saúde pública para análise.
Diante da suspeita de rotavírus, deve ser realizado o diagnóstico diferencial considerando-se todos os microrganismos capazes de causar doenças diarreicas agudas. Recomenda-se, portanto, a coleta simultânea de amostras de fezes para análise viral, bacteriana e parasitológica.