Publicado em 28 out 2025

Os riscos da neoplasia maligna epitelial de ovário

Redação

O câncer epitelial de ovário é a doença maligna ginecológica mais letal e a quinta causa mais comum de câncer em mulheres. Ele resulta da transformação maligna do epitélio da superfície do ovário, que é contíguo ao epitélio peritoneal.

A neoplasia maligna epitelial de ovário é a forma mais letal de câncer ginecológico e apresenta riscos significativos associados, especialmente em relação a fatores genéticos e ao estágio da doença no momento do diagnóstico. A seguir, estão os principais riscos e fatores associados a essa condição.

Os fatores de risco envolvem a idade média das pacientes diagnosticadas que é de 60 anos, e o risco de desenvolver câncer de ovário ao longo da vida é de aproximadamente 1 em 70. Aproximadamente 18% das mulheres diagnosticadas com câncer de ovário têm uma predisposição hereditária, frequentemente associada a mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.

Essas mutações aumentam significativamente o risco de desenvolver câncer de ovário e outros tipos de câncer, como o de mama. O subtipo mais comum é o adenocarcinoma seroso, seguido por subtipos mucinosos e endometrioides. A classificação histopatológica é importante para determinar o prognóstico e as opções de tratamento.

Mais de 70% das pacientes são diagnosticadas em estágios avançados (III ou IV), o que está associado a taxas de sobrevida global em cinco anos inferiores a 20%. Os riscos associados incluem as taxas de recidiva que são altas, com cerca de 25% das pacientes em estágio inicial e até 80% das pacientes em estágios avançados apresentando recidiva da doença.

O tratamento pode incluir cirurgia citorredutora e quimioterapia, que têm seus próprios riscos e efeitos colaterais, como toxicidade e complicações cirúrgicas. A sobrevida global e a sobrevida livre de progressão são impactadas pelo estágio da doença e pela resposta ao tratamento.

A presença de tumor residual após a cirurgia é um dos principais preditores de sobrevida. A identificação precoce e o tratamento adequado são cruciais para melhorar o prognóstico das pacientes com neoplasia maligna epitelial de ovário.

A vigilância e o acompanhamento contínuos são essenciais, especialmente para aquelas com fatores de risco genéticos. O MS-PCDT: Neoplasia Maligna Epitelial de Ovário (DDT) avalia que o diagnóstico da câncer primário de tuba uterina é dificultado pela proximidade que guarda com a mucosa endometrial e o ovário.

Por sua raridade (0,1% a 0,5% de todas as neoplasias genitais femininas) e o adenocarcinoma como a histologia predominante, o tratamento do carcinoma de tuba uterina, é semelhante ao câncer epitelial de ovário. A incidência do câncer de ovário é mais alta na Europa e nos Estados Unidos e mais baixa no Japão e em países em desenvolvimento.

No Brasil, 3.283 a 3.526 mortes foram causadas por essa doença nos últimos anos, e a estimativa era de 6.150 novos casos para 2019. A idade média das pacientes com a neoplasia é de 60 anos, e o risco de câncer de ovário ao longo da vida é de 1 em 70, mas há mulheres com risco muito maior, especialmente aquelas com mutações germinativas.

Um dos fatores de risco é a presença de uma mutação germinativa em gene de predisposição ao câncer de alta penetrância. As pacientes com câncer de ovário hereditário representam em torno de 18% das mulheres diagnosticadas com essa neoplasia, e cerca de 80% a 85% das mulheres com mutação apresentam mutações patogênicas germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2.

Os produtos de ambos os genes são essenciais na integridade da via de reparo do DNA, atuando na via de recombinação homóloga. Mutações germinativas em BRCA1 e 2 caracterizam-se por um risco elevado de desenvolvimento de diversos tumores, incluindo câncer de mama, segundo tumor primário de mama, câncer de ovário, de próstata, de pâncreas e melanoma.

Os riscos cumulativos vitais variam entre 8% e 62% para desenvolvimento de câncer de ovário, comparados com riscos ao longo da vida de aproximadamente 1,5% na população geral. Os cânceres epiteliais de ovário são classificados por grau histopatológico de 1 a 3.

O subtipo mais comum é a histologia serosa, seguida dos subtipos mucinosos e endometrioides. Os subtipos mais raros são os de células claras, transicionais, escamosos, mistos e os indiferenciados. Atualmente, mais de 70% dos pacientes se apresentam coma neoplasia em estádio III ou IV com acometimento peritoneal ou metástases à distância, com taxas de sobrevida global (SG) em cinco anos inferiores a 20%.

As pacientes costumam responder ao tratamento; no entanto, há altos índices de recidiva que são mais frequentes entre o primeiro e o segundo ano após o tratamento. O padrão de falha terapêutica é, na maioria das vezes, loco-regional. A identificação câncer de ovário em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado dão à atenção básica um caráter essencial para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.

Artigo atualizado em 21/10/2025 04:56.
Imagem Rodapé

Target

Facilitando o acesso à informação tecnológica