Publicado em 25 nov 2025

Os limites da personalização ou até onde a IA deve conhecer o cliente

Redação

O dilema entre conveniência e invasão na personalização impulsionada por IA. Embora a IA permita experiências altamente personalizadas e eficientes, o uso excessivo de dados pode ultrapassar os limites da privacidade e comprometer a confiança do cliente. Uma personalização equilibrada e ética, baseada em transparência, consentimento e respeito à autonomia do usuário, destacando que o futuro da IA dependerá mais da maturidade ética das empresas do que da sofisticação tecnológica.

Celso Amaral – 

A inteligência artificial (IA) vem redefinindo a forma como empresas interagem com seus clientes e a promessa é atraente, com experiências altamente personalizadas, conversas fluidas e recomendações precisas que antecipam necessidades antes mesmo de serem verbalizadas. Mas toda inovação carrega consigo um ponto de tensão e no caso da personalização por IA, o dilema está em até que ponto essa intimidade digital é benéfica e quando começa a se tornar uma invasão.

Personalizar é usar dados para criar proximidade. O cliente se sente ouvido, compreendido e atendido com agilidade. No entanto, quando a personalização cruza a fronteira da conveniência e entra no território da vigilância, a experiência deixa de ser positiva.

A diferença entre um serviço útil e uma interação incômoda é tênue, e é justamente aí que surge a discussão sobre IA responsável. O avanço das tecnologias de processamento de linguagem natural e análise de comportamento permite mapear padrões sutis, como o tom de voz em uma ligação, o tempo de resposta em um chat, as palavras mais usadas em um e-mail, entre outras situações.

Combin...

Artigo atualizado em 17/11/2025 03:24.
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