Os limites de utilização dos corta-chamas em atmosferas explosivas
Redação
Considerados como os sistemas de proteção instalados em aberturas de invólucros ou tubulações, com o objetivo de permitir o fluxo de fluidos, os corta-chamas previnem a transmissão de chamas, nos casos em que uma mistura inflamável em ignição tende a retornar pela tubulação. Eles têm sido amplamente utilizados há décadas na indústria química e petrolífera; uma grande variedade de normas técnicas estrangeiras de muitos países está disponível. Os requisitos normativos foram preparados com o objetivo de estabelecer uma base internacional, harmonizando e incorporando desenvolvimentos e documentos nacionais recentes, tanto quanto possível. Há especificações normativas para os corta-chamas que evitam a transmissão de chamas quando misturas explosivas de gás/ar ou vapor/ar estão presentes. Eles estabelecem os princípios uniformes para a classificação, projeto básico e informações para utilização, incluindo a marcação de corta-chamas, bem como especifica métodos de ensaios para verificar os requisitos de segurança e determinar os limites seguros de utilização. São aplicáveis a pressões que variam de 80 kPa a 160 kPa e a temperaturas que variam de -20 °C a +200 °C. Ao projetar e ensaiar os corta-chamas para operação sob condições diferentes das especificadas na norma, os requisitos podem ser utilizados como orientação e usados para especificar ensaios adicionais relacionados às condições específicas da utilização. Isto é importante em aplicações em elevadas temperaturas e pressões. Nestes casos pode ser necessário modificar as misturas de ensaio.
Da Redação –
Quanto ao uso dos corta-chamas, os fabricantes e usuários devem estar conscientes das práticas recomendadas e dos aspectos descritos. As velocidades e pressões das chamas de misturas explosivas podem ser aumentadas pela turbulência a montante, que pode ser causada por curvas, válvulas ou qualquer alteração na seção transversal do tubo.
Para os corta-chamas de deflagração em linha, é recomendável que as tubulações no lado não protegido (entre a fonte de ignição e a posição do corta-chamas) sejam tão retas quanto possível e sem obstruções. Os corta-chamas dinâmicos são sensíveis à turbulência e à queda de pressão causada por obstruções e tubulações mais longas no lado protegido entre o tanque e o corta-chamas. Isto pode causar efeitos do tipo “golpes de aríete” ou oscilações não amortecidas.
É necessário que os corta-chamas e as peças dele sejam incluídos no sistema equipotencial ou de aterramento existente, quando aplicável. É recomendado que os corta-chamas não sejam posicionados próximos de equipamentos geradores de calor, uma vez que a transferência de calor para o corta-chamas reduz seu desem...
Artigo atualizado em 21/11/2025 09:18.
