Publicado em 16 mar 2021

Os indicadores para as cidades e comunidades resilientes a desastres e ameaças

Redação

Pode-se dizer que a infraestrutura crítica são as estruturas físicas, instalações, redes e outros ativos que prestam serviços essenciais ao funcionamento social e econômico de uma comunidade ou sociedade. Exemplos de infraestrutura crítica podem incluir, mas não se limitam a, geração, transmissão e distribuição de energia, tratamento, distribuição e drenagem de água, infraestrutura de esgotos e de águas. pluviais, transporte, abastecimento e distribuição de gás, infraestrutura de telecomunicações, instalações educacionais, hospitais e outras instalações da área da saúde. Assim, o desastre são as perturbações graves em uma cidade ou comunidade devido a eventos perigosos que interagem com condições, vulnerabilidade e capacidade, e que levam a perdas e impactos humanos, materiais, econômicos e/ou ambientais. Desastres podem ser frequentes ou não, dependendo da probabilidade de ocorrência e do período de retorno do respectivo perigo. Um desastre de início lento é aquele que surge gradualmente ao longo do tempo, por exemplo, por meio de secas, desertificação, aumento do nível do mar, subsidência ou doença epidêmica. Um desastre de início repentino é aquele desencadeado por um evento perigoso que surge rápida ou inesperadamente, geralmente associado a terremotos, erupções vulcânicas, enchentes, explosões químicas, falhas críticas de infraestrutura ou acidentes de transporte. A ameaça é um fenômeno, atividade ou processo humano que pode causar perda de vidas, lesões ou outros impactos, danos materiais, perturbações sociais e econômicas ou degradação ambiental. As ameaças englobam processos e fenômenos biológicos, ambientais, geológicos, hidrometeorológicos e tecnológicos. As ameaças biológicas englobam micro-organismos patogênicos, toxinas e substâncias bioativas (por exemplo, bactérias, vírus, parasitas, animais selvagens e insetos venenosos, plantas venenosas, mosquitos portadores de agentes causadores de doenças). As ameaças ambientais podem ser químicas, naturais, radiológicas ou biológicas e são gerados por degradação ambiental, poluição física ou química no ar, água e solo. No entanto, muitos dos processos e fenômenos que se enquadram nesta categoria podem ser os motivadores de ameaças e riscos, e não as próprias ameaças (por exemplo, degradação do solo, desmatamento, perda de biodiversidade, aumento do nível do mar). Em relação à água potável, a ameaça pode ser entendida como um agente microbiológico, químico, físico ou radiológico que causa danos à saúde humana. As ameaças geológicas ou geofísicas se originam de processos internos da terra (por exemplo, terremotos, atividades vulcânicas, deslizamentos de terra, deslizamentos de rochas, fluxos de lama). As ameaças hidrometeorológicas são de origem atmosférica, hidrológica ou oceanográfica (por exemplo, ciclones, tufões, furacões, inundações, secas, ondas de calor, períodos de frio, tempestades costeiras). As condições hidrometeorológicas também podem ser um fator em outras ameaças, como deslizamentos de terra, incêndios florestais e epidemias. As ameaças tecnológicas se originam de condições industriais ou tecnológicas, procedimentos perigosos, falhas na infraestrutura ou atividades humanas específicas (por exemplo, poluição industrial, radiação nuclear, resíduos tóxicos, falhas de barragens, acidentes de transporte, explosões de fábricas, incêndios, derramamentos de produtos químicos). Dessa forma, deve-se ajustar e estabelecer as definições e metodologias para um conjunto de indicadores de resiliência em cidades que se se comprometam a medir o seu desempenho de maneira comparável e verificável, independentemente do tamanho ou da localização.

Da Redação – 

Seria bom entender que a resiliência é a capacidade adaptativa de uma organização em um ambiente complexo e em mudança. O Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) define a resiliência como sendo a capacidade de um sistema e seus componentes de prever, absorver, acomodar ou se recuperar de efeitos de um evento perigoso em tempo hábil e de maneira eficiente, inclusive assegurando a preservação, restauração ou melhoria de suas estruturas e funções básicas essenciais.

A resiliência é a capacidade de uma organização de resistir ao ser afetada por um evento ou a capacidade de retornar a um nível aceitável de desempenho em um período de tempo aceitável após ser afetada por um evento. Acaba sendo a capacidade de um sistema de manter as suas funções e estrutura diante de alterações internas e externas e de degradar graciosamente quando necessário.

A cidade resiliente é capaz de preparar-se, recuperar-se e adaptar-se aos choques e tensões. Uma cidade resiliente pode resistir, absorver, acomodar, adaptar-se, transformar e recuperar-se de efeitos de desastres e choques em tempo há...

Artigo atualizado em 16/03/2021 06:21.

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