Gerir riscos é decidir com liberdade
Redação
Recuperar a liberdade de decidir é essencial, e essa liberdade não se confunde com agir sem critérios, mas sim com a capacidade de evitar escolhas motivadas apenas por medo, vaidade, conveniência ou pressão.

Fernando Manfio –
No ambiente corporativo, os maiores riscos não estão apenas nos relatórios financeiros ou nos cálculos estatísticos. Eles se escondem em algo mais sutil: os hábitos que moldam decisões diárias e se repetem de forma quase invisível.
É nesses padrões automáticos que surgem distorções de julgamento, escolhas precipitadas e resistências à inovação. A gestão de riscos vai além de dominar modelos e algoritmos, exigindo consciência sobre como as escolhas realmente são feitas.
Afinal, cada decisão é moldada não só por dados, mas também por crenças individuais e pela cultura organizacional. As ferramentas analíticas são indispensáveis, mas não substituem o fator humano.
Dados da Serasa Experian indicam que mais de 72 milhões de brasileiros estão inadimplentes, o equivalente a 43% da população adulta. Esse dado mostra que o problema não é falta de informação, mas sim como as decisões financeiras são tomadas diante dela.
Em empresas, algo semelhante ocorre, relatórios e métricas abundam, mas vieses inconscientes, pressões culturais e padrões emocionais silenciosos acabam determinando estratégias...