Publicado em 16 set 2025

As terapêuticas clínicas para a incontinência urinária não neurogênica

Redação

A incontinência urinária (IU) refere-se à queixa de qualquer perda de urina, que pode ser involuntária, provocada pelo indivíduo ou descrita por um cuidador. Essa perda involuntária pode estar associada com a urgência e também com esforço ou esforço físico, incluindo atividades esportivas, ou em espirros ou tosse.

A incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária de urina, que pode ser classificada em diferentes tipos, sendo a incontinência urinária não neurogênica uma das categorias. Essa condição pode afetar a qualidade de vida dos indivíduos, sendo mais prevalente em mulheres, especialmente após a menopausa.

A incontinência urinária de esforço (IUE) ocorre devido à fraqueza do esfíncter uretral ou suporte inadequado da bexiga, levando à perda de urina durante atividades que aumentam a pressão intra-abdominal, como tossir, espirrar ou rir. É comum em mulheres, especialmente após partos ou cirurgias pélvicas.

A incontinência urinária de urgência (IUU) resulta da hiperatividade do músculo detrusor, causando um desejo súbito e incontrolável de urinar. Os sintomas incluem urgência miccional, polaciúria (aumento da frequência urinária) e noctúria (necessidade de urinar à noite). A incontinência urinária mista (IUM) é uma combinação de IUE e IUU, onde o paciente apresenta sintomas de ambos os tipos.

O diagnóstico da incontinência urinária não neurogênica envolve a história clínica com a avaliação dos sintomas, frequência de episódios de perda urinária, e impacto na qualidade de vida; o exame físico com a avaliação do assoalho pélvico, presença de prolapso, e testes de esforço. Os exames complementares envolvem a urodinâmica, ultrassonografia, e análise de urina para descartar infecções ou outras condições.

O tratamento da incontinência urinária não neurogênica pode incluir as medidas conservadoras, como as mudanças no estilo de vida, exercícios do assoalho pélvico, e treinamento vesical; o tratamento farmacológico, com o uso de antimuscarínicos (como oxibutinina e mirabegrona) para IUU. Em casos mais severos, pode ser considerada a cirurgia para correção da incontinência.

A incontinência urinária não neurogênica é uma condição comum que pode ser tratada com sucesso. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O MS-PCDT: Incontinência Urinária não Neurogênica de 2025 explica que o termo incontinência urinária (IU) refere-se à queixa de qualquer perda de urina, que pode ser involuntária, provocada pelo indivíduo ou descrita por um cuidador. Essa perda involuntária pode estar associada com a urgência e também com esforço ou esforço físico, incluindo atividades esportivas, ou em espirros ou tosse.

A IU é uma condição que afeta a qualidade de vida, comprometendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social das pessoas. A IU pode acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis sociais e econômicos.

Um estudo na população dos EUA estimou que 12 milhões de pessoas sofrem de IU. Estima-se que 200 milhões de pessoas vivam com incontinência ao redor do mundo e que entre 15% e 30% das pessoas acima de 60 anos que vivem em ambiente domiciliar apresentam algum grau de incontinência.

Entretanto, o número exato de pessoas acometidas pode ser muito maior do que as estimativas atuais, visto que muitas delas não procuram ajuda por vergonha, acreditando que o problema seria uma consequência normal do envelhecimento ou, ainda, que não existe tratamento. Estudo brasileiro conduzido em população idosa relatou uma prevalência de IU de 11,8% entre os homens e de 26,2% entre as mulheres. As mulheres têm maior predisposição de apresentar essa condição (7).

As mulheres apresentam uma menor capacidade de oclusão uretral e isso se deve ao fato de a uretra funcional feminina ser mais curta e a continência depender não somente do funcionamento esfincteriano adequado, mas também de elementos de sustentação uretral (músculos e ligamentos) e transmissão da pressão abdominal para o colo vesical. Inúmeras situações podem levar a IU.

A identificação da sua causa é essencial para o tratamento adequado. De maneira geral, a presença de IU pode ser dividida de acordo com a etiologia em neurogênica (p.ex., por lesão medular traumática, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral) e não neurogênica (p. ex. hiperatividade detrusora, insuficiência intrínseca do esfíncter uretral, cirurgias da próstata).

Artigo atualizado em 09/09/2025 02:10.
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