Os riscos de contrair a dengue
Redação
A fase crítica da dengue pode estar presente em alguns pacientes, sendo capaz de evoluir para as formas graves. Por essa razão, medidas diferenciadas de manejo clínico e observação devem ser adotadas imediatamente.

A dengue é uma infecção viral transmitida por mosquitos, com quatro sorotipos conhecidos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A apresentação clínica pode variar de assintomática a formas graves, como a dengue hemorrágica.
A fase febril dura de 2 a 7 dias, geralmente alta (39°C a 40°C), de início abrupto e os sintomas associados são a cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbital, anorexia, náuseas e vômitos. Diarreia pode ocorrer em 3 a 4 evacuações por dia. Exantema: Presente em aproximadamente 50% dos casos, geralmente maculopapular, podendo aparecer no desaparecimento da febre.
Os sinais de alarme são a dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural), hipotensão postural, hepatomegalia, sangramento de mucosa, letargia ou irritabilidade. O choque pode ocorrer entre o 4º e 5º dia da doença, geralmente precedido por sinais de alarme: hipotensão arterial, pulso rápido e fraco e extremidades frias.
A dengue pode evoluir rapidamente para formas graves, especialmente em indivíduos com infecções anteriores. A vigilância e o manejo adequado são essenciais para reduzir a morbimortalidade associada à doença.
Segundo a CRM-MT: Nota Técnica 4/2025, a arbovirose é um grupo de doenças causadas por vírus transmitidos por insetos como os mosquitos. Sendo as principais doenças que constituem este grupo a dengue, chikungunya, zika e febre amarela. O espectro clínico das arboviroses apresenta ampla variação. De um lado, as formas leves, de natureza febril, acompanhadas, por vezes, de erupções exantemáticas.
De outro, as formas graves, caracterizadas por manifestações hemorrágicas ou neurológicas. No ano de 2025 o número de notificações de casos confirmados e mortes pelas arboviroses apresentou importante aumento no estado de Mato Grosso (MT). Em relação aos dados, até´ a Semana Epidemiológica 7, Mato Grosso, apresenta 4 mortes confirmadas por dengue e 14 óbitos por chikungunya. Pela primeira vez o número de mortes por chikungunya ultrapassa a dengue em nosso estado e, além disso, representa 87,5% das mortes em nosso país.
Ressalta-se, também, que a chikungunya pode evoluir com sequelas que demandam recursos financeiros e humanos do sistema de saúde. Diante do cenário epidemiológico das arboviroses e do período sazonal da doença para o estado de MT, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), através da Câmara Técnica de Infectologia recomenda para os municípios, ações que objetivam o manejo das arboviroses.
Enfim, a primeira manifestação é a febre, que tem duração de dois a sete dias, geralmente alta (39°C a 40°C). É de início abrupto, associada a cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias e à dor retrorbitária. Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes, assim como a diarreia que cursa de três a quatro evacuações por dia, cursando com fezes pastosas, o que facilita o diagnóstico diferencial com gastroenterites por outras causas. O exantema ocorre aproximadamente em 50% dos casos, é predominantemente do tipo maculopapular, atingindo face, tronco e membros de forma aditiva, incluindo plantas de pés e palmas de mãos.
Pode se apresentar sob outras formas com ou sem prurido, frequentemente no desaparecimento da febre. Após a fase febril, grande parte dos pacientes se recupera progressivamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite.
A fase crítica pode estar presente em alguns pacientes, sendo capaz de evoluir para as formas graves. Por essa razão, medidas diferenciadas de manejo clínico e observação devem ser adotadas imediatamente. Tem início com a efervescência (declínio) da febre, entre três e sete dias do início da doença. Os sinais de alarme, quando presentes, surgem nessa fase da doença.