Publicado em 07 jul 2020

Trilho: um componente fundamental para infraestrutura ferroviária

Redação

Considerado pelos especialistas como o componente mais importante da superestrutura ferroviária, o trilho é tecnicamente considerado o principal elemento de suporte e guia dos veículos ferroviários, e economicamente detém o maior custo dentre os elementos estruturais de via. Assim, torna-se imprescindível o uso adequado e racional desse material e é fundamental estudar o seu desgaste e destacar as normas técnicas, suas funções, características técnicas do material, processo de fabricação, os defeitos e os limites de tolerância tradicionalmente aceitos, para que se possa evitar ao máximo sua substituição, devido ao alto custo envolvido e também a questão da segurança da via que, dependendo do defeito, pode ser comprometida. A fabricação dos trilhos deve ser executada segundo as normas técnicas e é composta de vários processos que podem ser diferentes de empresa para empresa, mas basicamente as etapas são: alto forno e tratamento a vácuo; lingoteira ou corrida contínua; reaquecimento e laminador desbastador; laminadores e corte a quente; rolos, prensas e alinhadores; resfriamento controlado dos trilhos. A fundição produzida pelos altos fornos é uma liga de ferro com alto teor de carbono, duro, frágil e não maleável. No curso de sua transformação em aço, ao mesmo tempo em que se abaixa o teor de carbono, deve-se eliminar tanto quanto possível as impurezas, como enxofre e fósforo, que se encontram em quantidades variáveis nessa liga.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho – 

A infraestrutura ferroviária envolve elementos heterogêneos que se interagem para suprir as condições adequadas de suporte, pista de rolamento e guia para o material rodante que por ela trafega, incluindo os trilhos, os dormentes, a fixação e o lastro. Além destes quatro elementos, alguns especialistas incluem o sublastro como o quinto componente da superestrutura.

Os trilhos constituem a superfície de rolamento pelo qual trafegam os veículos ferroviários, servindo como guia, e transmitem os esforços decorrentes do movimento do veículo (carga dos eixos, esforços de aceleração e frenagem e esforços devido à variação de temperatura) para a infraestrutura viária. Os trilhos requerem a máxima precisão para o alinhamento em planta e nivelamento do perfil longitudinal, assim como adequada sobrelevação para poder permitir altas velocidades e conforto, em tráfego que submete os trilhos a grandes esforços.

Ao apresentarem defeitos ou desgastes podem ser reaproveitados, observando-se as classificações em função do desgaste sofrido na superfície de rolamento e no canto da bitola do boleto. Esta classificação determina se o trilho pode ser reaproveitado em via principal ou acessória, se pode ser reperfilado ou se deve ser sucateado. Há uma classificação normativa para os trilhos com defeito, impróprios para uso na via férrea, considerando os tipos e origem desses defeitos com a finalidade de estudo sistemát...

Artigo atualizado em 07/07/2020 03:38.

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